06/05/2024

O Futuro da Civilização


As mentes modernas ficam muitas vezes perplexas com o medo e a dúvida da extinção da raça humana num curto período de tempo. As pessoas consideram que a civilização está passando por uma fase muito crítica e não há como escapar da sua aniquilação total. Mas isso não pode acontecer.

Tanto os indivíduos como a sociedade dependem de três fatores para a sua existência, a saber, Asti (existência), Bhati (desenvolvimento e progresso) e Ananda (bem-aventurança). Moradia, alimentação, roupas, educação e instalações médicas são condições sine qua non para Asti ou existência. O termo Bhati significa Vibhati ou desenvolvimento e progresso. A mera minhoca, por exemplo, existe há centenas de milhões de anos, mas isto não significa existência no verdadeiro sentido do termo. Isto é, tem que haver Bhati, progresso e desenvolvimento. Comer, beber e ter prazer não pode representar uma vida verdadeira. Seria um estorvo, um tédio.

Para o desenvolvimento integral de um indivíduo ou de uma sociedade é necessário um objetivo. Mas para este objectivo determinado a direção e o propósito do desenvolvimento permanecerão confusos. Um botão desabrocha em uma flor; isto é o que vocês podem chamar de seu desenvolvimento. O propósito de Bhati ou desenvolvimento é alcançar Ananda ou bem-aventurança. O termo Ananda conota felicidade infinita, o equilíbrio entre prazer e dor, a paz mental perfeita.



A ausência de qualquer um dos fatores acima mencionados pode causar grande consternação ou convulsão na vida individual ou social. A Terra surgiu há dezenas de milhões de anos. Embora do ponto de vista arqueológico ainda esteja em sua infância, um dia ou outro certamente encontrará seu Waterloo. Isto significará naturalmente a extinção da raça humana. É assim?

A destruição de um determinado planeta ou sistema solar não significa o fim da raça humana. Existem inúmeras outras estrelas e planetas no universo. Com o maior desenvolvimento da ciência e com a ajuda de sistemas de foguetes interplanetários, os seres humanos irão para outros planetas. O que hoje é um sonho, amanhã se tornará realidade. É o desejo inerente de um indivíduo e do corpo coletivo que toma forma concreta. Era um desejo antigo dos seres humanos voar no céu como pássaros. O avião foi produto desse desejo. O desejo é a mãe da ação. Nos próximos dias, vocês verão foguetes que poderão permitir aos seres humanos viajar para outros planetas. E se um dia esses planetas e estrelas também perecerem, as pessoas se mudarão para outros planetas. Também pode ser argumentado que poderá chegar um dia em que, devido à radiação constante de calor e luz, a temperatura de todo o universo poderá se tornar a mesma, ou seja, poderá ocorrer a morte térmica do universo. Na ausência de calor externo, o universo pode deixar de existir. Isto significa que a humanidade também perecerá. Mas isso não pode acontecer. Não pode haver uma morte térmica do universo. A solidificação do objeto resultará em Jadasphota (explosão). Um calor tremendo será liberado devido ao Jadasphota ou à explosão de um planeta em particular, e novas galáxias e estrelas serão formadas a partir dele. Não há, portanto, motivo para temer. A Terra pode um dia ser extinta, mas a humanidade não pode deixar de existir. Você pode ficar tranquilo com respeito a Asti (existência).

Inúmeros fatores são necessários para o desenvolvimento de um grupo de pessoas. Mas os seis seguintes são os mais importantes deles.

Deveria haver uma ideologia espiritual na vida tanto do indivíduo quanto do corpo coletivo. Grande parte da sua energia é mal utilizada devido à ignorância de si mesmo e do destino para o qual você está se movendo. Este mau uso de energia está fadado a causar destruição.

O segundo fator para o progresso da sociedade é o culto espiritual, um processo de Sádhaná (prática espiritual). Todo mundo tem uma estrutura física. O problema de cada indivíduo é produzir cada vez mais matéria ectoplásmica pelo corpo e depois convertê-la em consciência. Deve haver um processo adequado para esta conversão. O culto espiritual consiste na conversão dos cinco fatores rudimentares em matéria ectoplásmica e depois em consciência através de um processo científico especial. Este é um processo de metamorfose. O culto espiritual, portanto, é indispensável. Mas apenas a ideologia espiritual e a filosofia espiritual não são suficientes.

O terceiro fator que é uma mistura de Asti e Bhati é uma teoria socioeconômica. Deveria haver um conhecimento a priori sobre a estrutura social, a distribuição da riqueza e o seu crescimento. Na falta deste conhecimento não pode haver uma base sólida para a construção do edifício social.

O quarto é a perspectiva social. Todas as criaturas vivas neste universo manifesto são filhos da mesma Entidade Cósmica. Eles são descendentes do mesmo Progenitor Supremo. Naturalmente eles estão ligados por um fio de relações fraternas. Este é o espírito central. Uma teoria socioeconómica não serve para nada senão para este sentimento fraterno. A implementação desta teoria é uma impossibilidade sem Sádhaná (culto espiritual).

O quinto fator para o progresso da sociedade é que ela tenha suas próprias escrituras. Há necessidade da companhia de pessoas elevadas (satsauṋga) em todas as esferas da vida. A autoridade cujo contato significa satsauṋga para você é o shástra. Aquilo que eleva a sociedade por meio de sháśana é chamado shástra. Deveríamos ter um shástra próprio.

O último, mas não menos importante, fator para o progresso da sociedade é que ela tenha seu próprio preceptor.

Toda a estrutura social depende destes seis fatores. Bhati (progresso) não tem sentido sem eles. A fraqueza de um deles pode comprometer a própria existência de Bhati (desenvolvimento e progresso).

Desde os tempos antigos, muitos grupos de pessoas surgiram. Alguns deles de alguma forma conseguiram se arrastar, alguns foram extintos e alguns continuaram a existir de forma metamorfoseada. Há cerca de mil e quinhentos anos, os árabes eram muito desenvolvidos na ciência. Mas foram derrotados pela onda islâmica, pois faltavam-lhes os seis factores acima mencionados, enquanto esta última tinha pelo menos cinco deles. O mesmo acontece com o Egito. Foi plenamente desenvolvido nas esferas da arte, arquitetura e ciência. Foram os egípcios que fizeram as pirâmides que precisavam de conhecimento geométrico sutil. Além disso, eles também eram muito avançados na esfera da civilização. Apesar disso, eles não conseguiram evitar a derrota. O Egito de hoje é a forma egípcia da civilização árabe. A causa da morte da sua forma mais antiga foi a falta dos seis fatores acima mencionados.

A civilização cristã ou romana também estava consideravelmente mais elevada na escala do desenvolvimento. No entanto, eles careciam de perspectiva social. Não havia sentimentos de fraternidade e igualdade. O sistema escravista era desenfreado e os sentimentos humanos estavam em declínio. Além disso, a falta de uma teoria socioeconômica adequada gerou neles uma espécie de mentalidade fascista. Aqueles que praticavam o luxo e eram avessos ao trabalho tornaram-se indolentes. Naturalmente eles foram derrotados por uma força mais forte e extenuante. A destruição das civilizações grega e chinesa também foi causada pela falta dos fatores de Bhati (desenvolvimento e progresso). Os arianos só puderam derrotar os índios indígenas devido à falta destes últimos nos fatores de Bhati. Eles tinham vários fatores de Bhati, mas não havia preceptor e, portanto, foram derrotados.

Também no futuro, por falta dos seis fatores de Bhati, a extinção de um relativo grupo de pessoas certamente acontecerá. Mas onde esses fatores estão presentes, o movimento é em direção à Ananda ou bem-aventurança divina, e devido a esse movimento a chance de sua eliminação torna-se nula. Esses grupos que possuem os seis fatores em sua posse serão capazes de produzir Sadvipras. Sadvipras são aqueles cujos esforços são direcionados para a obtenção de Ananda. Eles também estão conscientes de Asti e não faltam-lhes os seis fatores de Bhati. Eles são fortes em moralidade e estão sempre prontos para travar guerra contra atividades imorais.

Tapah Siddhi ( condição de sacrifício) é uma impossibilidade sem os seis fatores de Bhati. Aqueles que aderem estritamente aos princípios da moralidade, estão abrigados em Tapah e estão prontos para travar uma guerra contra os imoralistas são sadvipras. Somente aqueles Sadvipras estão a salvo da destruição e extinção e que podem trabalhar para o bem-estar da sociedade humana. Portanto, torna-se o principal dever de todas as pessoas tornarem-se Sadvipras, e aos outros também. Por Sadvipra não se entende aqueles que praticam Mala-Jap ou Práńáyám. Em Práńáyám também existem três estágios – Purak significa inspirar; Kumbhak, que consiste em prender a respiração e recak, que expira. O Práńáyám dos Sadvipras será inspirar todo o universo em Purak, mantê-lo dentro de si em Kumbhak e então exalá-lo após misturá-lo com sua própria grandeza e boa vontade em Recak.

Os Sadvipras travarão uma luta incessante contra a imoralidade e todos os tipos de tendências fisíparas. Aqueles que se apresentam como Dhármicos (éticos espiritualistas), mas são tímidos com o espírito de luta, não podem ser chamados de Sadvipras. Shiva foi ótimo porque seu Trishul (tridente) estava sempre pronto para atacar os imoralistas. Krishna foi ótimo porque suas flechas tinham como objetivo refrear os elementos anti-humanos e imorais. Ele também encorajou os moralistas a travar guerra contra os imorais. Eles não eram apenas Sadvipras, mas também os pais dos Sadvipras – os grandes Sadvipras.

Esses Sadvipras estão sempre ocupados na tarefa de promover a elevação dos seres humanos. Quando esta Terra envelhecer, eles conduzirão os seres humanos a outros planetas, dirigindo esforços científicos.

Algumas pessoas temem que bombas atômicas ou de megatons possam um dia causar a extinção da raça humana. Mas tais medos são mal concebidos e sem sentido. É o intelecto humano o responsável pela sua produção e, portanto, naturalmente o intelecto é superior aos seus produtos. Poderá um dia inventar tais armas que poderão tornar ineficazes até bombas atômicas ou de megatons. O grito pelo desarmamento fortalecerá, portanto, a capacidade destrutiva das bombas atômicas. Pode levar a humanidade à sua aniquilação total. É, portanto, um grande obstáculo, um impedimento ao desenvolvimento progressivo da sociedade humana. Precisamos de armas mais poderosas do que as bombas atómicas ou de hidrogênio. Sadvipras fabricaram armas muito poderosas. Se quisermos que a raça humana sobreviva, se quisermos salvar milhões de vidas inocentes, torna-se dever dos apóstolos da paz utilizar armas mais poderosas do que as que possuem atualmente.

Os Sadvipras nunca ficarão para trás na realização de experimentos científicos. Quando a Terra se tornar inabitável para os seres humanos, eles os transferirão para outros planetas.

A escassez de alimentos não é um problema novo. Somente os Sadvipras e não os políticos e especialistas podem salvar o mundo disso. Eles produzirão esses comprimidos que substituirão os grãos alimentícios. Fazer um alarido inútil sobre os problemas não os aliviará. Só o espírito de lutar contra todas as probabilidades pode resolver os problemas que os seres humanos enfrentam. Marchem em frente e façam guerra contra todas as dificuldades, todos os impedimentos. A vitória certamente o abraçará. Dificuldades e obstáculos não podem ser mais poderosos do que a sua capacidade de resolvê-los. Vocês são filhos da grande Entidade Cósmica. Seja um Sadvipra e faça outros Sadvipras também.

P.R. SARKAR – Shrii Shrii Anandamurti
Publicado em:data não conhecida
Alguns problemas resolvidos, parte 6
Prout em poucas palavras, parte 6 [uma compilação]
Expressão Suprema Volume 2 [uma compilação]
O Grande Universo: Discursos sobre a Sociedade [uma compilação]
Humanismo Universal [uma compilação]


The Future of Civilization

Modern minds are often perplexed by the fear and doubt of the extinction of the human race within a short period. People deem that civilization is passing through a very critical phase and there is no possible escape from its total annihilation. But this can’t happen.


Both individuals and society are dependent on three factors for their existence, viz., Asti, Bhati and Ananda. Dwelling place, food, clothing, education and medical facilities are the sine qua non for Asti or existence. The term Bhati means Vibhati or development and progress. The mere earthworm for instance, has existed for hundreds of millions of years, yet it does not signify existence in the true sense of the term. That is to say, there has to be Bhati, progress and development. Eating, drinking and being merry cannot represent a true life. It would be an encumbrance, a boredom.

For the all-round development of an individual or a society a goal is needed. But for this determined goal the direction and purpose of development will remain confused. A bud blooms into a flower; this is what you may call its development. The purpose of Bhati or development is the attainment of Ananda or bliss. The term Ananda connotes infinite happiness, the equipoise of pleasure and pain, the perfect mental peace.

The absence of any of the aforesaid factors may cause a great consternation or convulsion in individual or social life. The earth came into existence tens of millions of years ago. Though from the archaeological point of view it is still in its infancy, one day or the other it is bound to meet its Waterloo. This will naturally mean the extinction of the human race. Is it so?

The destruction of a particular planet or solar system does not mean the end of the human race. There are numerous other stars and planets in the universe. With further development of science and by the help of inter-planetary rocket systems, human beings will move to other planets. What is a dream today will become a reality tomorrow. It is the inherent desire of an individual and the collective body which takes a concrete shape. It was an age-old desire of human beings to fly in the sky like birds. The aeroplane was a product of this desire. Desire is the mother of action. In coming days, you will see such rockets which may enable human beings to travel to other planets. And if one day these planets and stars also perish people will move to other planets. It may also be argued that a day may come when due to constant radiation of heat and light the temperature of the entire universe may become the same, that is, the thermal death of the universe may occur. In the absence of external heat the universe may cease to exist. This means that humanity will also perish. But it can't happen. There can't be a thermal death of the universe. The solidification of the object will result in Jadasphota. Tremendous heat will be released due to the Jadasphota or exploding apart of a particular planet, and new galaxies and stars will be formed out of it. There is therefore, no cause to fear. The earth may one day become extinct but humanity can't cease to exist. You can rest assured of Asti.

Numerous factors are needed for the development of a group of people. But the following six are the most important of them.

There should be a spiritual ideology in the life of both the individual and the collective body. Much of your energy is misused due to the ignorance of your own self and the destination towards which you are moving. This misuse of energy is bound to cause destruction.

The second factor for the progress of society is spiritual cult, a Sádhaná process. Everyone has got a physical structure. The problem with every individual is to produce more and more ectoplasmic stuff by the body and then to convert it into consciousness. There should be a proper process for this conversion. Spiritual cult consists of the conversion of the five rudimental factors into ectoplasmic stuff and then into consciousness through a special scientific process. This is a process of metamorphosis. Spiritual cult therefore, is indispensable. But only spiritual ideology and spiritual philosophy will not do.

The third factor which is a blending of Asti and Bhati is a socio-economic theory. There should be a priori knowledge regarding the social structure, the distribution of wealth and its growth. For want of this knowledge there can't be a solid ground for the construction of the social edifice.

The fourth one is social outlook. All living creatures in this manifest universe are the children of the same Cosmic Entity. They are the progeny of the same Supreme Progenitor. Naturally they are bound in a thread of fraternal relations. This is the central spirit. A socio-economic theory is of no use but for this fraternal feeling. The implementation of this theory is an impossibility without Sádhaná.

The fifth factor for the progress of society is for it to have its own scripture. There is a need for the company of elevated persons (satsauṋga) in all spheres of life. The authority whose contact means satsauṋga for you is the shástra. That which elevates society by dint of sháśana is called [[shástra]]. We should have a shástra of our own.

The last but not the least important factor for the progress of society is for it to have its own preceptor.

The entire social structure is dependent on these six factors. Bhati is meaningless without them. The weakness of one among them may jeopardize the very existence of Bhati.

From ancient times many groups of people came into existence. Some of them somehow managed to drag on, some became extinct and some continued to exist in a metamorphosed form. About one thousand five hundred years ago, Arabs were very developed in science. But they were defeated by the Islamic wave, for they were lacking in the six aforesaid factors, while the latter had at least five of them. The same is the case with Egypt. It was fully developed in the spheres of art, architec ture and science. It is the Egyptians who made the pyramids which needed subtle geometrical knowledge. Moreover, they were also very advanced in the sphere of civilization. Despite this, they could not prevent their defeat. Today’s Egypt is the Egyptian form of Arab civilization. The cause of the death of its older form was the lack of the aforesaid six factors.

The Christian or Roman civilization was also considerably higher on the ladder of development. Yet they were lacking in social outlook. There were no feelings of fraternity and equality. The slave system was rampant and human feelings were on the wane. Furthermore, the lack of a proper socio-economic theory generated a kind of fascist mentality in them. Those rolling in luxury and adverse to labour became indolent. Naturally they were defeated by a stronger and more strenuous force. The destruction of the Greek and Chinese civilizations was also caused by the lack of the factors of Bhati. The Aryans could defeat the indigenous Indians only due to the latter’s lacking in the factors of Bhati. They had several factors of Bhati but there was no preceptor and hence they were defeated.

In the future also, for want of the six factors of Bhati, the extinction of a concerned group of people is sure to happen. But where these factors are present, there the movement is to wards Ananda or divine bliss, and due to this movement the chance of their elimination becomes nil. Such groups which have the six factors in their possession will be able to produce Sadvipras. Sadvipras are those whose all efforts are directed towards the attainment of Ananda. They are also conscious of Asti and don’t lack in the six factors of Bhati. They are strong in morality and are always ready to wage war against immoral activities.

Tapah Siddhi is an impossibility without the six factors of Bhati. Those who strictly adhere to the principles of morality, are ensconced in Tapah, and are ready to wage a war against immoralists are sadvipras. Only those Sadvipras are safe from destruction and extinction who can work for the welfare of the human society. Therefore, it becomes the prime duty of all people to make themselves and others Sadvipras. By Sadvipra it is not meant those who practice Mala-Jap or Práńáyám. In Práńáyám also there are three stages – Purak means to inhale; Kumbhak which is to hold the breath and recak which to exhale. The Práńáyám of the Sadvipras will be to inhale the entire universe in Purak, to keep it within in Kumbhak and then to exhale it after mixing it with their own greatness and good will in Recak.

Sadvipras will wage a ceaseless struggle against immorality and all sorts of fissiparous tendencies. Those who pose as Dharmic but are bashful with the spirit of fight cannot be called Sadvipras. Shiva was great because his Trishul was always ready to strike at the immoralists. Krishna was great because his arrows were meant to curb the anti-human and immoral elements. He also encouraged the moralists to wage war against the immoral ists. They were not only Sadvipras but also the parents of Sadvipras – the great Sadvipras.

These Sadvipras are always busy in the task of promoting the elevation of human beings. When this earth will become old they will lead human beings to other planets by directing scientific endeavours.

Some people fear that atom or megaton bombs may one day cause the extinction of the human race. But such fears are ill-conceived and meaningless. It is human intellect which is responsible for their production and so naturally intellect is superior to its products. It may one day invent such weapons which may render ineffective even atom or megaton bombs. The cry for disarmament, therefore, will strengthen the destructive capacity of the atom bombs. It may lead humanity towards it total annihilation. It is, therefore, a great obstruction, an impediment in the progressive development of the human society. We need more powerful weapons than atom or hydrogen bombs. Sadvipras will manufacture such powerful weapons. If the human race is to survive, if millions of innocent lives are to be saved, it becomes the duty of the apostles of peace to utilize more powerful weapons than what they have at present.

Sadvipras will never lag behind in making scientific experiments. When the earth will become uninhabitable for human beings they will shift them to other planets.

Food shortage is not a new problem. Only Sadvipras and not the politicians and experts can save the world from it. They will produce such tablets which will be substitutes for food grains. By making a useless fuss over problems one will not ease the trouble. The spirit to fight against all odds alone can solve the problems confronting human beings. March ahead and wage war against all difficulties, every impediment. Victory is sure to embrace you. Difficulties and encumbrances cannot be more powerful than your capacity to solve them. You are the children of the great Cosmic Entity. Be a Sadvipra and make others Sadvipras also.

date not known

Published in:
A Few Problems Solved Part 6
Prout in a Nutshell Part 6 [a compilation]
Supreme Expression Volume 2 [a compilation]
The Great Universe: Discourses on Society [a compilation]
Universal Humanism [a compilation]



04/03/2024

Do antropocentrismo ao mundo ecocêntrico

Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Fonte: www.ecodebate.com.br

O antropocentrismo é uma concepção que coloca o ser humano no centro das atenções e as pessoas como as únicas detentoras plenas de direito. Poderia parecer uma manifestação natural, mas, evidentemente, é uma construção cultural que separa artificialmente o ser humano da natureza e opõe a humanidade às demais espécies do Planeta. O ser humano se tornou a medida autorreferente para todas as coisas.

A demografia, assim como a economia e as demais ciências humanas, foi fortemente marcada pelo antropocentrismo, desde suas origens. Aliás, o antropocentrismo tem suas raízes mais profundas em antigos registros religiosos. O livro do Gênesis, do Velho Testamento, descreve que Deus criou o mundo em sete dias, sendo que no sexto dia, no cume da criação e antes do descanso do sétimo dia, Ele criou o ser humano (primeiro o homem e depois a mulher) à sua própria imagem e semelhança, ordenando: “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Esta concepção teo-antropocêntrica de superioridade e dominação humana reinou na mente das pessoas e nas diversas instituições durante milênios, especialmente no hemisfério Ocidental, e ainda está presente no mundo contemporâneo. Mesmo nos dias atuais, o “crescei e multiplicai-vos” orienta, por exemplo, as reações religiosas e conservadoras contra o processo de universalização dos métodos contraceptivos modernos.


Em reação ao mundo teocêntrico, o Empirismo e o Iluminismo – movimentos que surgiram depois da Renascença – buscaram combater os preconceitos, as superstições e a ordem social do antigo regime. Em vez de uma natureza incontrolável e caótica, passaram a estudar suas leis e entender seu funcionamento. Associavam o ideal do conhecimento científico com as mudanças sociais e políticas que poderiam propiciar o progresso da humanidade e construir o “paraíso na terra”. Os pensadores iluministas procuraram substituir o Deus onipresente e onipotente da religião e das superstições populares pela Deusa Razão. Em certo sentido, combateram o teocentrismo, mas não conseguiram superar o antropocentrismo, mantendo de forma artificial a oposição entre cultura e natureza, entre o cru e o cozido, a racionalidade e a irracionalidade.

Dois expoentes do Iluminismo foram fundamentais para lançar as bases da demografia. No bojo da Revolução Francesa e no espírito da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (aprovada em 26/08/1789 pela Assembleia Constituinte), o marquês de Condorcet escreveu o livro Esquisse d’un tableau historique des progrès de l’esprit humain (1794) e William Godwin escreveu Enquiry concerning political justice, and its influence on general virtue and happiness (1793). Eles combateram o teocentrismo, mas não chegaram a questionar o antropocentrismo, pois estavam mais preocupados com o progresso material e cultural dos seres humanos, sem prestar a devida atenção aos direitos da natureza e das outras espécies.

Estes autores defendiam as ideias de justiça, progresso, mudanças nas relações sociais (inclusive nas relações de gênero) e perfectibilidade humana, de certa forma antecipando, teoricamente, o fenômeno da Transição Demográfica. Ambos acreditavam que os avanços da educação e da ciência e os progressos tecnológicos iriam reduzir a pobreza e as taxas de mortalidade e aumentar a esperança de vida da população. As mesmas forças racionais que ajudariam a diminuir as taxas de mortalidade também possibilitariam o decréscimo das taxas de natalidade. Como disse Condorcet: o perigo de uma superpopulação estaria afastado, pois os casais humanos não iriam racionalmente “sobrecarregar a terra com seres inúteis e infelizes”. Godwin chegou a calcular a “capacidade de carga” do Planeta e era (assim com Adam Smith) muito otimista quanto aos efeitos positivos do crescimento populacional humano (eles não estavam muito preocupados com as outras espécies e com a biodiversidade).

Foi para rebater estas concepções progressistas (e no seio da reação conservadora à Revolução Francesa) que Thomas Malthus publicou o seu panfleto anônimo, de 1798: An essay on the principle of population, as it affects the future improvement of society with remarks on the speculations of Mr. Godwin, Mr. Condorcet, and other writers. Nota-se, pelo próprio título do ensaio, que Malthus não pode ser considerado o pioneiro da demografia moderna, pois ele estava apenas rebatendo as ideias, estas sim pioneiras, de Condorcet e Godwin. E Malthus rebateu da pior maneira possível.

O princípio de população malthusiano – “A população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica, e os meios de subsistência numa progressão aritmética” – não tem base histórica e nem estatística. Para fundamentar a sua “lei”, Malthus utilizou as taxas de crescimento da população dos Estados Unidos e as taxas de crescimento da produção de alimentos da Inglaterra. Este procedimento, elementarmente incorreto, não questionava os limites do Planeta e nem os direitos da biodiversidade, mas apenas dizia que, quaisquer que fossem os limites da natureza, o crescimento exponencial da população, mais cedo ou mais tarde, ultrapassaria a capacidade de produzir meios de subsistência. O objetivo era mostrar que o progresso do bem-estar humano e a redução da pobreza, objetivos básicos do iluminismo, seriam impossíveis diante da “miséria que permeia toda a lei da natureza”. Portanto, Malthus defendia que o controle da população fosse realizado via aumento das taxas de mortalidade, o que ele chamava de “freios positivos”, isto é, miséria, doenças e guerras. Se fosse hoje em dia, Malthus teria colocado as mudanças climáticas na sua lista de freios positivos e como um meio de aumentar a mortalidade dos pobres, pois o seu antropocentrismo era apenas para os ricos.

Em termos morais, para Malthus, a privação e a necessidade eram uma escola de virtude e os trabalhadores somente sujeitar-se-iam às péssimas condições de trabalho se estivessem premidos pela falta de meios de subsistência. Evidentemente, Malthus subestimou de forma deliberada os progressos tecnológicos e os avanços da Revolução Industrial, quando previu o aumento linear dos meios de subsistência. Em relação ao crescimento exponencial da população e às altas taxas de fecundidade, Malthus, enquanto pastor da Igreja Anglicana, simplesmente era contra os métodos contraceptivos e o aborto. Após ser criticado por William Godwin, Malthus introduziu, na segunda versão do ensaio (desta vez assinada), de 1803, a noção de “freios preventivos”, isto é, restrições morais ao casamento precoce e adiamento da nupcialidade como forma de redução da parturição (a fecundidade marital continuaria natural, ou seja, sem a regulação humana). Malthus era contra o sexo e os filhos fora do casamento, sendo que a união conjugal (unicamente heterossexual) tinha função prioritariamente procriativa. Por tudo isso, Malthus rebateu as considerações de Condorcet e Godwin sobre os progressos da ciência e da tecnologia e sobre a redução das taxas de mortalidade e natalidade, para argumentar que o desenvolvimento humano seria impossível e que os trabalhadores deveriam receber apenas um salário de subsistência suficiente para manter o equilíbrio homeostático entre população e economia.

Evidentemente, Malthus virou alvo das críticas dos pensadores progressistas e socialistas. Por exemplo, Karl Marx considerava que a sociedade capitalista é capaz de produzir meios de subsistência em progressão bem maior do que o crescimento demográfico. Para ele, o “excesso” de população não é fruto de leis naturais como afirmava Malthus, mas sim um subproduto da lógica do capital, que continuamente gera mudança qualitativa de sua composição orgânica, com o permanente acréscimo de sua parte constante (meios de produção) à custa da parte variável (força de trabalho). Este processo produz uma “superpopulação relativa” ou um “exército industrial de reserva”, o qual regula a oferta e a demanda de trabalhadores de tal forma que, pela pressão dos desempregados sobre a massa de trabalhadores ocupados, o salário pode manter-se ao nível de subsistência. O exército de reserva também proporciona a manutenção de um estoque humano à disposição do capital.

Para Marx, bastava resolver o conflito final da luta de classes a favor do proletariado e todos os problemas do mundo seriam resolvidos, podendo haver desenvolvimento irrestrito das forças produtivas, sem restrições da natureza. Contra a “lei de população” de Malthus, Marx formulou uma prototeoria relativista e não falseável: “Todo modo histórico de produção tem suas leis próprias de população, válidas dentro de limites históricos”. O fato é que Marx não tinha teorias nem demográfica e nem ecológica. Além disso, o lema romântico utópico do comunismo – “De cada um, de acordo com suas habilidades, a cada um, de acordo com suas necessidades” – é fortemente antropocêntrico, como se as necessidades humanas pudessem ser satisfeitas sem restrições aos direitos da Terra e das demais espécies. Engels chegou a escrever um livro glorificando o domínio humano sobre a natureza. Por conta disso, as correntes ecossocialistas atuais tentam corrigir, ainda sem grande sucesso, o evolucionismo produtivista e a instrumentalização da natureza, ideias embutidas nos fundamentos das teorias marxistas. Porém, não é uma tarefa simples substituir o vermelho (do socialismo) pelo verde (da ecologia).

Historicamente, a demografia nasceu e cresceu em torno do debate sobre população humana e desenvolvimento econômico. Este debate foi sintetizado no livro de Ansley Coale e Edgar HooverPopulation growth and economic development in low-income countries, de 1958. A ideia apresentada no livro é a de que o processo do desenvolvimento econômico acontece de forma sincrônica com a transição demográfica, sendo que o desenvolvimento reduz as taxas de mortalidade e fecundidade e a transição demográfica altera a estrutura etária, diminuindo o ônus da dependência de crianças e jovens, o que favorece ao desenvolvimento. Porém, o livro alerta para a possibilidade de uma redução exógena das taxas de mortalidade nos países de baixa renda, sem uma queda das taxas de fecundidade e sem modificação endógena do processo de desenvolvimento econômico. Nestes casos, haveria uma situação de “armadilha da pobreza”, pois existiria a possibilidade de ocorrer uma aceleração do crescimento populacional juntamente com um aumento do ônus da dependência demográfica de crianças e jovens, o que poderia impedir a decolagem (take off) do desenvolvimento.

Foi para resolver este problema que se avolumaram as recomendações neomalthusianas. Nota-se que, ao contrário de Malthus, os neomalthusianos propunham o freio da população por meio da limitação da fecundidade e não do aumento da mortalidade. Malthus achava que era impossível acabar com a pobreza. Os neomalthusianos acreditavam que seria possível acabar com a pobreza e avançar com o desenvolvimento econômico promovendo a transição da fecundidade. Este debate, típico das décadas de 1960 e 1970, esteve no centro das discussões da Conferência sobre População de Bucareste, em 1974. Os países ricos queriam promover o controle da natalidade, enquanto os países pobres queriam impulsionar o desenvolvimento. Venceram os segundos, com a seguinte palavra de ordem: “O desenvolvimento é o melhor contraceptivo”. Diversos países (e os fundamentalismos religiosos) aproveitaram o argumento para combater ou relaxar as políticas de acesso aos métodos de regulação da fecundidade. A China promoveu o desenvolvimento econômico juntamente com o controle da natalidade mais draconiano da história (a política de filho único), todavia, o resultado aparece em uma enorme degradação ambiental. Portanto, em qualquer cenário, o grande vencedor tem sido o antropocentrismo, pois o desenvolvimento das forças produtivas e o aumento do bem-estar da humanidade têm ocorrido em detrimento da natureza e das outras espécies.

A Conferência de Meio Ambiente de Estocolmo, de 1972, já havia alertado sobre os limites do Planeta e a rápida degradação ambiental. Desde aquela época, já não era mais possível ignorar os danos ao meio ambiente. O resultado foi o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável, apresentado oficialmente pelo relatório Brundtland, de 1987: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Todavia, se o conceito de desenvolvimento sustentável foi um avanço no sentido de se preocupar com as futuras gerações humanas, não chegou a formular alternativas para a preservação das outras espécies e a conservação do Planeta. Por isto se diz que o desenvolvimento sustentável é um antropocentrismo intergeracional. Isto ficou claro quando a Cúpula do Rio (1992) aprovou a concepção antropogênica: “Os seres humanos estão no centro das preocupações para o desenvolvimento sustentável”.

Desde a década de 1970, a ONU organiza conferências paralelas e desencontradas sobre “Meio ambiente” e “População e Desenvolvimento”. Em uma ela diz defender a natureza e na outra ela diz defender o desenvolvimento. Na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo, em 1994, foi dito que o desenvolvimento é um direito dos povos e todas as pessoas possuem direitos reprodutivos para decidir livremente sobre o tamanho da prole. Enquanto os pessimista veêm cada nova pessoa como mais uma “boca” (consumidor) , os otimistas veêm como mais um “braço” (produtor).

Embora essa idéias possam ser vistas sob diferentes óticas, não deixam de serem compatíveis com o pensamento de Ester Boserup e Julian Simon que viam o crescimento populacional como um indutor positivo do desenvolvimento econômico. Este último autor considera que quanto mais gente existir, melhor para o mundo, pois o que conta não são as bocas ou os braços, mas sim os cérebros (a inventividade humana). Embora poucas pessoas usem adequadamente os seus cérebros, Julian Simon serviu de inspiração para as políticas neoliberais do governo Ronald Reagan, sendo também um modelo teórico para os atuais céticos das mudanças climáticas, ou seja, daquelas pessoas que negam os problemas ambientais em nome do crescimento econômico e da continuidade da exploração dos combustíveis fósseis e da eterna dominação da natureza. Para estes positivistas e fundamentalistas de mercado, o aquecimento global ou não existe ou seria resolvido pela geoengenharia. Por tudo isto, Simon pode ser considerado o suprasumo do antropocentrismo, pois não leva em conta os impactos negativos das atividades humanas, inclusive o impacto negativo dos produtos de alguns dos cérebros mais “brilhantes” e das tecnologias mais sofisticas. Por estas e outras, a CIPD do Cairo nem tocou nos direitos reprodutivos das outras espécies e no direito de vida e reprodução da natureza. Não foram discutidas metas para a estabilização da economia e da população e o desenvolvimento continuou sendo visto como uma panacéia para resolver os problemas do mundo.

Porém, cresce a percepção de que não pode haver desenvolvimento sustentável por meio do contínuo crescimento da população e da economia. São cada vez maiores os riscos de se ignorar os limites ambientais do Planeta. Pela metodologia da Pegada Ecológica, as atividades antrópicas já ultrapassaram em 50% a capacidade de regeneração da Terra. O fato é que o incremento do consumo, de um lado, e o aumento da população, de outro, estão contribuindo, mesmo que de forma diferenciada, para uma rápida degradação ambiental. Não existe consumo sem população e nem população sem consumo. Crescimento econômico e populacional ilimitado é uma equação impossível em um Planeta finito.

A solução milagrosa do avanço tecnológico como forma de resolver os problemas do desenvolvimento e do meio ambiente também tem sido questionada, pois a maior eficiência microeconômica – produção de mais produtos com menos insumos – não significa menor demanda agregada. Ao contrário, o que tem acontecido nos últimos 200 anos é o aumento macroeconômico do consumo de energia e de recursos naturais à medida que cresce a eficiência produtiva. Isto é o que se chama de Paradoxo de Jevons, fenômeno observado pelo economista britânico WilliamJevons e que realça o fato de que, conforme as novas tecnologias conseguem elevar a eficiência de um dado recurso natural, seu uso total tende a aumentar ao invés de diminuir.

O fetichismo da ciência e da tecnologia já havia sido questionado no início do século XIX. Enquanto os iluministas e, posteriormente, os positivistas apostaram todas as suas fichas no avanço científico e tecnológico para resolver os problemas da humanidade, os efeitos não antecipados da criatividade humana foram problematizados por ninguém menos do que Mary Shelley – filha de William Godwin e da feminista Mary Wollstonecraft –, que publicou, em 1818, o livro Frankenstein, the modern Prometheus. Na mitologia grega, Prometeu foi o herói que robou o fogo (a sabedoria) dos deuses para “iluminar” a humanidade e foi castigado por Zeus, que o amarrou a uma rocha enquanto uma águia comia o seu fígado dia após dia, durante a eternidade. No livro de Mary Shelley, Victor Frankenstein foi o médico (e químico) que desenvolveu uma tecnologia para dar vida a uma criatura, que ele mesmo renegou e que, involuntariamente, acabou causando grande infelicidade a todos ao seu redor. Na realidade, Frankenstein é uma metáfora sobre as consequências imprevistas dos avanços da ciência, da tecnologia e do desenvolvimento econômico. Um libelo precoce contra a tendência de hipostasiar o progresso. O livro de Mary Shelley serve de alerta quanto aos perigos da racionalidade humana – característica que define o homo sapiens e o diferencia dos animais irracionais –, mostrando que a inteligência pode ser razão de sucesso ou de fracasso. Ou os dois ao mesmo tempo.

Foi também no século XIX que o economista inglês John Stuart Mill publicou, em 1848, o livroPrinciples of political economy, em que questiona o impacto do crescimento populacional e econômico sobre o meio ambiente e defende o “Estado Estacionário”, ou seja, o fim do crescimento econômico quantitativo e o estabelecimento de uma relação harmoniosa e qualitativa entre economia, população e meio ambiente. Stuart Mill deu um primeiro passo para a superação do antropocentrismo, ao deixar de engrossar o coro que vangloria o crescimento sem limites das forças produtivas. Hoje em dia, surge no debate não só a questão do Estado Estacionário, mas também a ideia do Decrescimento Econômico.

Todavia, mesmo após 220 anos, não existe consenso na comunidade internacional de como tratar as questões de população, desenvolvimento e ambiente. Os ricos culpam os pobres pelos problemas da miséria e da degradação ambiental e os pobres culpam os privilégios dos ricos pela pauperização das pessoas e da natureza. Os países desenvolvidos, em geral, tendem a buscar soluções para o desenvolvimento nos avanços tecnológicos. Alguns países em desenvolvimento ainda repetem frases do tipo: “Não existe problema populacional, mas sim população com problema”, como se o impacto populacional fosse neutro e fosse possível resolver os problemas humanos apelando para uma exploração desregrada do meio ambiente. Por isto mesmo, no movimento ambientalista, a noção de crescimento econômico tem sido questionada e o conceito de desenvolvimento sustentável tem sido visto como um oximoro.

Em pleno século XXI e às vésperas da Conferência Rio + 20, as posturas convencionais sobre a natureza ainda têm como base uma visão instrumental da utilização do conjunto de recursos ambientais disponíveis em função das pessoas. A modernidade avançou defendendo a ampliação dos direitos humanos, em suas diversas gerações: direitos políticos, civis, culturais, sociais, econômicos, direitos reprodutivos, etc. Mas a crise ecológica da modernidade decorre justamente da incapacidade de expandir estes direitos para outras espécies e para o Planeta. O atual modelo de desenvolvimento “marron” (poluidor), além de insustentável, pode fazer a humanidade caminhar rumo ao suicídio e ao ecocídio.

Segundo dados de Angus Maddison, entre 1800 e 2011, a população mundial cresceu “aritmeticamente” sete vezes e a economia cresceu “geometricamente” cerca de 90 vezes, mostrando que o otimismo de Condorcet e Godwin estava mais próximo das tendências históricas do que o pessimismo de Malthus. Houve grande aumento da renda per capita mundial e a esperança de vida ao nascer passou de menos de 30 anos para cerca de 70 anos. Mas esta vitória humana teve como base a exploração de uma dádiva da natureza que forneceu imensas reservas de combustíveis fósseis para turbinar a economia. No processo produtivo, monstruosidades foram criadas, como imaginou Mary Shelley, em o Frankenstein (por exemplo, a bomba atômica). A produção de bens e serviços cresceu utilizando tecnologias (agro) tóxicas e queimando os recursos fósseis. Existem dúvidas quando será atingido o “Pico de Hubbert” (o início do declínio da produção da energia fóssil), mas o futuro pode não ser tão promissor quanto foi o passado, pois o custo acumulado da dívida com a natureza (o “pacto faustiano”) deverá ser pago no século XXI.

Isto fica claro quando se observa que o aumento do padrão de consumo da humanidade deixou sinais de insustentabilidade ambiental por todos os lados: a erosão dos solos; desertificação de amplas áreas terrestres; desmatamento e aniquilamento de biomas; uso e abuso dos aquíferos; poluição e salinização das águas dos rios; e acidificação dos oceanos, com a consequente diminuição da fertilidade das fontes de vida. Mais da metade dos mangues e dos recifes de coral do mundo já foram destruídos. As atividades antrópicas trouxeram a maior extinção em massa da vida vegetal e animal da nossa história, com cerca de 30 mil espécies sendo extintas a cada ano. O ser humano mudou a química da terra e do céu, aumentando o dióxido de carbono na atmosfera e provocando o aquecimento global, com todas as consequências negativas deste processo sobre a biodiversidade.

Diante do aumento da probabilidade de colapso ecológico, nos últimos anos têm havido tentativas de incorporar os direitos ambientais – de terceira geração – junto aos demais direitos humanos. Mas estes direitos ambientais giram em torno das pessoas e continuam tratando a natureza como objeto. A perspectiva antropocêntrica considera normal a mercantilização das espécies e da natureza, porém a Terra e os seres vivos deveriam possuir direitos intrínsecos, independentemente de suas utilidades para a população hegemônica. Cresce o movimento de advocacy em favor dos direitos dos seres sencientes e contra os maus tratos aos animais. As ciências humanas já abordaram, com maior ou menor profundidade, as discriminações provocadas pelo classismo, sexismo, escravismo, racismo, xenofobismo e homofobismo, mas pouco se falou do especismo, que é a discriminação existente com base nas desigualdades entre as espécies. Para tanto, o altruísmo ecológico deve substituir o egoísmo humano e a regulação dos “bens comuns” deve substituir a “tragédia dos comuns”. A água, por exemplo, deve ser vista como um bem comum, mas não só da humanidade e sim de todas as manifestações de vida do Planeta. A água limpa e pura deve inclusive ter o direito de continuar sendo limpa e pura e não ser instrumentalizada por uma ou outra espécie.

Por tudo isto, a demografia não pode se preocupar apenas com o tamanho e o ritmo de crescimento da população humana. Também não basta conhecer as características de sexo e idade e a distribuição espacial das diversas subpopulações. Parafraseando Keynes, todo demógrafo vivo é escravo das ideias de algum demógrafo (ou economista) morto. Mas o grande desafio inovador da atualidade é romper com a perspectiva baseada em valores antropocêntricos e assumir uma mudança de paradigma, adotando uma postura voltada para os valores ecocêntricos (centralizados nos direitos da Terra, do conjunto das espécies e no respeito à biodiversidade). O ser humano não vive em um mundo à parte. Ao contrário, a humanidade ocupa cada vez mais espaço no Planeta e tem investido de maneira predatória contra todas as formas de vida ecossistêmicas da Terra. Darwin mostrou que as espécies vivas possuem um ancestral fóssil comum. Todas as espécies são parentes e vivem no mesmo lar. Não há justificativa para a dinâmica demográfica humana sufocar a dinâmica biológica e ecológica. A sustentabilidade deve estar baseada na convivência harmoniosa entre todos os seres vivos.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, deveria enfrentar as ambiguidades do conceito de desenvolvimento sustentável, buscando abordar as questões demográficas e os direitos da Terra e dos animais, numa perspectiva ecológica e holística. Contudo, a preocupação com a Economia Verde não tem dado espaço para se pensar formas alternativas de organização social e de interação econômica que superem o modelo atual de produção e consumo. O colapso ecológico pode se tornar irreversível se a comunidade internacional não entrar em um acordo para reverter as tendências do aquecimento global e da depleção dos recursos naturais. O passo mais fundamental e necessário passa pelo rompimento com o antropocentrismo e a construção de um mundo justo e ecocêntrico.

Referência: Este texto é uma versão um pouco ampliada do artigo:

ALVES, J.E.D. Do antropocentrismo ao ecocentrismo: uma mudança de paradigma. In: MARTINE, George (Ed.) População e sustentabilidade na era das mudanças ambientais globais: contribuições para uma agenda brasileira. Belo Horizonte: ABEP, 2012.

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail:jed_alves@yahoo.com.br

EcoDebate, 13/06/2012

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29/06/2023

RETIRO ESPIRITUAL DE INVERNO NA UNIDADE MESTRA ANANDA KIIRTANA

 

APRESENTAÇÃO:

Venha recarregar suas energias em nosso Retiro Espiritual de Inverno 2023!

Preparamos uma programação especial para aqueles que desejam recarregar suas energias num ambiente acolhedor, com atividades voltadas ao autoconhecimento e à elevação espiritual.

​Nosso objetivo é acolher todos aqueles que desejam se aprofundar nas práticas de yoga e meditação, oferecendo uma programação leve e inclusiva, adequada a todos os níveis – de iniciantes aos mais experientes! Acreditamos que é nesse ambiente de diversidade e inclusão que conexões relevantes acontecem, favorecendo a verdadeira transformação pessoal e social.

Do dia 19 a 23 de julho de 2023, vamos unir pessoas que estão nessa jornada de autodesenvolvimento para que juntas possam aprender, se apoiar e se inspirar. Vamos recarregar nossas mentes com melhores e mais elevadas influências – acelerando esse movimento em direção a metas melhores e mais sutis!

Aproveite esta grande oportunidade para:

  • Se fortalecer e recarregar suas energias através das práticas espirituais coletivas de yoga e meditação, num ambiente acolhedor rodeado por uma natureza bela e inspiradora;
  • Compartilhar momentos de aprendizado e união, participando de palestras e vivências;
  • Se conectar com nossos queridos monges e monjas, além de amigos de diferentes cantos do Brasil (e do mundo!) que compartilham o mesmo propósito de elevação espiritual;
  • Se deliciar com refeições sutis preparadas com muito sabor, carinho e amor;
  • Atingir estados de consciência mais elevados com nossa música espiritual, gerando muitas vibrações positivas para nossa sociedade nestes tempos desafiadores!

FAÇA SUA PRÉ-INSCRIÇÃO AQUI

 PROGRAMAÇÃO:

Preparamos uma programação especial e inclusiva, adequada a todos os níveis – de meditadores iniciantes aos mais experientes!

Em breve, disponibilizaremos aqui a programação completa dos 5 dias de evento.

ALIMENTAÇÃO:

Estão incluídas no evento 13 refeições vegetarianas/veganas e saudáveis, seguindo o conceito de “Alimentação Sutil” do Yoga.

Para mais informações sobre alimentação sutil, acesse esse link: https://www.anandamarga.org.br/alimentacao-e-saude/

VALORES:

Os valores abaixo incluem a hospedagem (conforme opção selecionada), as refeições e todas as atividades da programação oficial. ATENÇÃO: os descontos não são cumulativos.

SUPER DESCONTO!! – até 14 de Maio de 2023

– Adulto em Dormitório Coletivo = R$ 590
– Barraca de Camping (desconto de 20%) = R$ 470
– Casa Particular de Morador da Fazenda (desconto de 20%) = R$ 470
– Idosos, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (desconto de 15%) = R$ 500
– Casal, sendo este valor para cada pessoa (desconto de 15%) = R$ 500
– Estudantes de 13 a 25 anos (desconto de 15%) = R$ 500
– Crianças de 07 a 12 Anos (desconto de 30%) = R$ 410
– Crianças até 06 anos = Gratuito
– 1 Diária (com 3 refeições) = R$ 120

1º LOTE – de 15 de Maio até 14 de Junho de 2023

– Adulto em Dormitório Coletivo = R$ 690
– Barraca de Camping (desconto de 20%) = R$ 550
– Casa Particular de Morador da Fazenda (desconto de 20%) = R$ 550
– Idosos, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (desconto de 15%) = R$ 585
– Casal, sendo este valor para cada pessoa (desconto de 15%) = R$ 585
– Estudantes de 13 a 25 anos (desconto de 15%) = R$ 585
– Crianças de 07 a 12 Anos (desconto de 30%) = R$ 480
– Crianças até 06 anos = Gratuito
– 1 Diária (com 3 refeições) = R$ 140

2º LOTE – de 15 de Junho até 14 de Julho de 2023

– Adulto em Dormitório Coletivo = R$ 790
– Barraca de Camping (desconto de 20%) = R$ 630
– Casa Particular de Morador da Fazenda (desconto de 20%) = R$ 630
– Idosos, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (desconto de 15%) = R$ 670
– Casal, sendo este valor para cada pessoa (desconto de 15%) = R$ 670
– Estudantes de 13 a 25 anos (desconto de 15%) = R$ 670
– Crianças de 07 a 12 Anos (desconto de 30%) = R$ 550
– Crianças até 06 anos = Gratuito
– 1 Diária (com 3 refeições) = R$ 160

3º LOTE – de 15 de Julho até o dia do evento

– Adulto em Dormitório Coletivo = R$ 890
– Barraca de Camping (desconto de 20%) = R$ 710
– Casa Particular de Morador da Fazenda (desconto de 20%) = R$ 710
– Idosos, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (desconto de 15%) = R$ 755
– Casal, sendo este valor para cada pessoa (desconto de 15%) = R$ 755
– Estudantes de 13 a 25 anos (desconto de 15%) = R$ 755
– Crianças de 07 a 12 Anos (desconto de 30%) = R$ 620
– Crianças até 06 anos = Gratuito
– 1 Diária (com 3 refeições) = R$ 180

*** Os valores da tabela acima são para ingressos individuais e incluem:

  • Todas as atividades da programação oficial: palestras, meditações coletivas, aulas de yoga, vivências, atividades culturais etc.;
  • Pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) de acordo com a programação*;
  • Hospedagem em barracas de camping ou em quartos coletivos no Casarão (sendo “cama-beliche” em cômodos separados para homens e mulheres);
  • Espiritualidade, alegria, trocas e boa companhia!

FORMULÁRIO DE PRÉ-INSCRIÇÃO:

Para fazer sua pré-inscrição, por favor clique no botão abaixo e preencha o formulário:

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ATENÇÃO: sua vaga somente estará garantida após o envio do comprovante do PIX para o WhatsApp (21) 98886-8885 e a respectiva CONFIRMAÇÃO DE INSCRIÇÃO pela nossa equipe, após a verificação dos valores pagos e o lote em vigência na data de pagamento.

 INFORMAÇÕES PARA PAGAMENTO:

Chave PIX: 21 98886-8885

ASSOCIACAO DE CIENCIA INTUITIVA ANANDA MARGA
Banco do Brasil 001
Ag. 5888-2
C.C 5770-3
CNPJ: 87.923.603/0022-78 (outra chave PIX)

IMPORTANTE:

(1) Para facilitar nosso controle, ao realizar o PIX, favor adicionar uma informação dizendo que o pagamento se refere ao retiro. Por exemplo: “Retiro – 1 Participante” ou “Retiro – 2 Participantes com desconto”.

(2) Favor enviar o comprovante junto com o nome completo dos participantes para o WhatsApp (21) 98886-8885.

POLÍTICA DE DESCONTOS – NÃO CUMULATIVOS:

Serão concedidos os descontos abaixo, sendo que os mesmos não são cumulativos:

  • Barraca de Camping = 20% de desconto
  • Casa Particular de Morador da Fazenda = 20% de desconto
  • Idosos, Casais e Estudantes de 13 a 25 anos = 15% de desconto
  • Crianças de 07 a 12 anos = 30% de desconto
  • Crianças até 06 anos = Gratuito
  • Voluntário = até 40% de desconto mediante negociação e aprovação

POLÍTICA DE CANCELAMENTO E REEMBOLSO:

Eventual “Solicitação de Cancelamento” deverá ser realizada pelo WhatsApp (21) 98886-8885 o quanto antes. As solicitações serão avaliadas caso a caso, sendo certo que sempre respeitamos a legislação vigente.

No entanto, vale frisar que cancelamentos em cima da hora podem prejudicar bastante a organização do evento. Sendo assim, solicitamos a gentileza de nos informarem eventual necessidade de cancelamento até o dia 12 de julho (quarta), no máximo, para que possamos tomar as providências necessárias.

Além disso, para nós da organização geralmente é melhor que o reembolso seja realizado em forma de CRÉDITO para o próximo retiro. Desta forma, por favor considere esta possibilidade no momento da solicitação.

PROGRAMA DE VOLUNTÁRIOS:

Neste retiro, teremos um Programa de Voluntários com vagas para quem quiser trabalhar algumas horas por dia em troca de um desconto especial. Mais detalhes pelo WhatsApp (21) 98886-8885.

ATENÇÃO: As vagas para voluntários são LIMITADAS! Interessados favor entrar em contato o quanto antes.

FAÇA SUA PRÉ-INSCRIÇÃO AQUI

O QUE TRAZER:

Para que você possa aproveitar ao máximo nosso retiro, recomendamos verificar a previsão do tempo na semana do evento (pois a temperatura pode cair) e trazer o seguinte:

  • Roupa de cama completa: lençol para colchão, travesseiro e um cobertor grosso (pois à noite a temperatura cai bastante)
  • Toalha e acessórios de banho e higiene pessoal
  • Roupas confortáveis para yoga e meditação
  • Chinelo para andar nos dormitórios coletivos (sapatos ficam do lado de fora)
  • Tapetinho de yoga & uma mantinha para meditar
  • Guarda-chuva ou capa de chuva e galocha (caso chova)
  • Barraca de camping e acessórios (para aqueles que forem acampar)
  • Repelente contra insetos
  • Protetor solar
  • Garrafinha de água para se hidratar durante as atividades>> Para quem tiver interesse, temos a opção de ALUGUEL DE ROUPA DE CAMA. Informações e reservas pelo WhatsApp (21) 98886-8885. Reserve o quanto antes pois temos uma quantidade limitada.

LOCAL DO EVENTO:

A Unidade Mestra Ananda Kiirtana é uma comunidade espiritual localizada em Belmiro Braga – MG. A fazenda, antigamente chamada de Boa Esperança, foi adquirida em 1989 por um grupo de praticantes da filosofia da Ananda Marga.

A Ananda Marga é uma organização socioespiritual criada por Shrii Shrii Anandamurti, grande pensador e mestre espiritual que viveu de 1921 a 1990. Fundada na Índia em 1955, está hoje presente em mais de 180 países.

A organização procura combinar práticas espirituais (meditação, posturas de Yoga, conduta moral e dieta natural adequada) com o serviço dinâmico ao próximo (escolas, clínicas médicas, orfanatos, cooperativas, asilos para idosos e outros projetos para o benefício da humanidade).

CONTATO:

Caso precise de mais informações, estamos à disposição pelo email pelo WhatsApp (21) 98886-8885.

Será um grande prazer receber você em nosso Retiro de Inverno 2023 em Ananda Kiirtana. Aguardamos você em julho. Aproveite para convidar seus amigos! 🙂

Com amor,
Equipe da Unidade Mestra Ananda Kiirtana

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