Shrii Shrii Anandamurti, 12 de maio de 1979, Fiesch, Suíça.
O discurso de hoje é “O microcosmo e seu objeto de Ideação".
O microcosmo é uma conação macropsíquica [1] e, portanto, todas as atribuições do Macrocosmo,
todas as regras do Macrocosmo, também estão presentes no microcosmo, mas em forma de miniatura.
Por natureza, o microcosmo é uma... contraparte objetivada do Macrocosmo. E, por estar dentro do
âmbito infinito do Macrocosmo, ele continua movendo-se e movendo-se. O caminho é infinitamente
longo. O microcosmo vai continuar movendo-se até atingir aquela meta específica. Qual seria a meta?
Uma das regras psíquicas é que qualquer objeto toma a forma de sua meta, ou seja, ele é transmutado
em seu próprio objeto. Portanto, o objeto de ideação do microcosmo deve ser selecionado com muito
cuidado.
Agora vejamos: qual deve ser o melhor objeto de ideação?
Primeiramente, consideremos o caso do tempo, o Tempo Eterno.
O que é isto? Trata-se de uma medição psíquica da motividade da ação. Agora, será que ela
pode ser o objeto de ideação?
Ela não pode ser o objeto de ideação, porque a primeira coisa é que ela é uma medição psíquica.
Para ocorrer uma medição psíquica, deve haver um corpo psíquico, ou seja, um corpo psíquico
unitário. E se o corpo psíquico unitário mede o tempo, o tempo não pode ser a Entidade Suprema. Por
isso, ele não pode ser o objeto de ideação.
A segunda coisa é [...] que se trata de uma medição psíquica. [2] [...] Medição psíquica
significa mobilidade psíquica. E mobilidade psíquica significa uma mudança de lugar. A entidade que
requer uma mudança psíquica de lugar ou de espaço não pode ser a Entidade Suprema. Por esta razão
também, o Tempo Eterno não pode ser o objeto de ideação de vocês.
A terceira coisa é que esta medição depende da mobilidade ou motividade da ação. O que é
motividade ou mobilidade? Ela também baseia-se na mudança de lugar ou de espaço físicos. Para isso
se requer que este mundo físico seja criado, e depois que a medição da ação seja feita pelo corpo
psíquico do Macrocosmo.
Portanto, o fato é que a entidade cuja própria existência depende destes fatores físicos ou
psicofísicos não pode ser a Entidade Suprema. Então, vemos assim que o Tempo Eterno não é a nossa
meta; ele não é algo psíquico, e nem sequer é algo abstrato. É algo pior do que o abstrato. Portanto, ele
é algo mais grosseiro do que os seres humanos; ao invés disso, os seres humanos é que são os criadores
desta entidade. Portanto ela não é o nosso objeto de ideação; ela não pode ser o nosso objeto de
meditação; ela não pode ser o nosso objeto de adoração ou de exaltação.
Agora tomemos o caso da natureza.
Há algumas pessoas, ou houve algumas pessoas no passado que eram adoradoras da natureza, adorando árvores, adorando o céu, e assim por diante. Será que a natureza pode ser o objeto de ideação?
Não, certamente não. O que é a natureza? A natureza é o nome de um estilo particular segundo o qual o Princípio Operativo [3] funciona. Ela é simplesmente um estilo. Esse estilo não pode ser o objeto de meditação ou de ideação. E a segunda coisa é que, como a natureza não é nada mais do que um estilo, se esse estilo torna-se o objeto, então a própria entidade será convertida somente em um estilo – em um mero estilo. É uma idéia tola. Portanto, tais adoradores da natureza podem ser estudiosos eruditos, mas na verdade eles vivem no paraíso dos tolos. A natureza não pode ser o nosso objeto de ideação.
Terceiro, o Destino. Houve, e há, muitas pessoas que são fatalistas. Os adoradores do destino. “Fatalista” significa adorador do destino – adorador da sorte e do destino. Eles são piores que os adoradores da natureza. O que é o destino?
Não há nada chamado de destino neste universo. No que diz respeito à filosofia, não pode haver qualquer coisa chamada de destino. O que é o destino? Toda e cada pessoa terá que sujeitar-se à reação de suas ações anteriores. Quando a ação original é conhecida, dizemos que esta é a reação daquela ação. Suponha que o seu dedo entre em contato com o fogo. Você vai sentir dor, você vai ter que sofrer – mas, nessa hora, você irá dizer, ou você irá sentir, que foi porque o seu dedo entrou em contato com o fogo que você está sofrendo. Mas quando a reação ocorre [4] mais tarde e quando a ação original não é conhecida ou foi esquecida, ou quando a ação original aconteceu em uma vida passada, e você não sabe qual foi a ação original [5]– neste caso você diz que isto “é o destino, é o destino”. Mas na verdade não existe destino. O que você chama de destino na verdade é a reação de nossas ações passadas. Em sânscrito isto é chamado de samskára. Samskára. Em latim, momenta [6] reativos.
Então, a terceira coisa... Portanto, o destino não pode ser o objeto de ideação. Destino é simplesmente a reação da ação original. E quando não existir uma ação original, não pode haver qualquer reação. Então a reação é uma criação da própria ação de vocês. Se a reação é uma criação da própria ação de vocês, vocês são os criadores, vocês são os pais da reação. Então, como pode a reação ser o objeto de ideação de vocês?
Não. O ser humano não deve ser fatalista, o ser humano não deve ser adorador do destino, o ser humano deve ser firme. Você deve enfrentar firmemente todas as dificuldades, todas as conseqüências. Lembrem-se: vocês não devem ser fatalistas. Portanto, o destino não pode ser o objeto de meditação. Lute contra o destino.
Então, algumas pessoas dizem que esta Terra é uma criação do acaso. Este universo é uma criação do acaso. O acaso é a causa essencial desta criação. Então, o acaso é o deus, porque ele criou o mundo. E portanto o acaso deverá ser o objeto de ideação.
Esta também é uma idéia tola. O que é acaso ou acidente?
Não existe nada chamado de acidente – tudo é incidente. Quando uma ação é materializada num intervalo de tempo curto – num intervalo de tempo muito curto – ou quando a causa básica da ação não é conhecida por nós – nós apenas estamos vendo a reação, apenas estamos vendo o incidente – o aspecto causal do incidente não é conhecido por nós – ou quando o aspecto causal é traduzido em ação dentro de um intervalo de tempo muito curto, nós dizemos que isto é um acidente. Mas na verdade nada é acidente, tudo é incidente. Por causa da nossa futilidade, ou por causa da nossa falta de conhecimento, nós dizemos que é um acidente. Quando o aspecto causal, quando o fator causal é traduzido em ação dentro de um intervalo muito curto – digamos, alguns segundos –, nós dizemos que é um acidente. E quando ele é traduzido em ação lentamente, nós não dizemos que é um acidente; nós dizemos que é um incidente. Portanto, um acidente não é algo providencial; ou, o nosso acidente não é algo fora do âmbito de tempo, espaço e pessoa. Porque todo acidente ocorre – todos os acidentes ocorrem dentro do escopo de tempo, espaço e pessoa. A entidade que está dentro – não fora – da periferia de tempo, lugar e pessoa não pode ser a meta de vocês, não pode ser o objeto de ideação de vocês, não pode ser o objeto de meditação de vocês e não pode ser... o criador ou a fonte de exaltação de vocês.
Algumas pessoas dizem... que esses fatores quinqüelementais [7] dos quais este universo é feito...
Esses fatores quinqüelementais: o que são esses fatores? Eles não são nada além de uma forma condensada de energia.
E o que é energia?
Ela não é nada mais que uma forma condensada de estamina psíquica. Então, como podem esses fatores quinqüelementais deste mundo expresso ser o objeto de ideação? [8]
Eles não podem ser a meta de vocês; eles não podem guiar vocês no caminho da beatitude. Portanto, aqueles que são adoradores ou meditadores dos fatores quinqüelementais são pessoas malorientadas. Eles estão apenas desperdiçando a sua energia por nada.
Algumas pessoas são da opinião de que a Energia Cósmica [9] é a fonte original ou matriz causal do universo. Portanto, esta matriz causal deveria ser o objeto de ideação.
Mas o que é esta matriz causal?
Matriz causal... Essa Energia Cósmica não pode considerada como a matriz causal porque ela é uma força cega. A energia é uma força cega. A eletricidade é uma força cega. Ela é controlada pelo intelecto humano. Portanto, como a Energia Cósmica não tem apoio intelectual atrás de si, ela não pode ser a matriz causal. Porque em todos os lugares deste universo, vemos que todas as coisas seguem um estilo ordenado. Ou seja, existe algo intelectual por trás da Energia Cósmica. E é por isso que existe ordem em toda a parte. Existe sistema em toda a parte. Toda a criação tem uma ordem sistemática e por isso ela não pode ser criação de uma força cega ou de uma energia cega. Deve haver alguma força intelectual por trás dela. Portanto, a Energia Cósmica não pode ser tratada como a matriz causal, e não pode atribuir a ela... – não se pode atribuir nenhuma divindade a ela. Ela não pode receber a qualificação de matriz causal.
Algumas pessoas são da opinião de que existe a alma, de que existe um espírito em toda e cada estrutura e que esse espírito é a meta da nossa vida.
Vejam vocês, existem muitos espíritos e almas associados a muitos microcosmos. Mas eles têm que funcionar sob certas limitações. Eles não podem ir além da abrangência do microcosmo. Um objeto, ou melhor, uma entidade que tenha um alcance limitado como esse, tal como o espírito unitário ou a faculdade cognitiva unitária, não pode ser o objeto de ideação de vocês, não pode ser o Criador Supremo.
Então, quem é o objeto de ideação de vocês? Quem deve ser o objeto de ideação de vocês? Qual é o poder que criou vocês, que alimenta vocês e que põem vocês no Seu colo quando chega o momento apropriado?
Ele é a Força Cognitiva [10] por trás da Energia Cósmica. Ele controla a Energia Cósmica com o Seu poder intelectual e intuitivo. Ele é a Consciência Suprema. E na verdade Ele é a matriz causal, e Ele deveria ser o único objeto de ideação, o único objeto de meditação de vocês. E Ele é o Pai Supremo. [11] Não há outra alternativa a não ser mover-se ao longo do caminho Dele. Ele sabe tudo. Unam-se com Ele.
Agora, desde o exato início das suas vidas no passado distante até o ponto culminante de todos os seus movimentos e marchas, vocês estão com Ele, vocês estarão com Ele e... em nenhuma circunstância vocês estarão distantes Dele. Por isso, Ele é o único objeto de ideação – essa Consciência Suprema.
A raiz do significado do termo bábá é “o mais querido” ou “o mais próximo”. Como Ele é o Pai Supremo, a Consciência Suprema, Ele é Bábá de toda a criação. E como vocês são os seres criados, vocês são as amadas crianças Dele – vocês também são Bábá Dele – porque bábá significa “mais próximo e mais querido”.
Como ele é o único objeto de ideação de vocês, e como o nome Dele é a única... projeção da entidade microcósmica de vocês, a única projeção de pensamento, a única projeção introversiva – projeção introversiva e extroversiva [12] –, então o nome Dele deveria estar sempre... com vocês, nas suas mentes, nas suas línguas, nas suas cordas vocais, em todos os lugares.
E eu sinto, e eu também compreendo, e é por isso que eu digo: que quando os devotos Dele, as crianças Dele, cantam Bábá Nám Kevalam, Ele também canta Bábá Nám Kevalam.[13]
Há algumas pessoas, ou houve algumas pessoas no passado que eram adoradoras da natureza, adorando árvores, adorando o céu, e assim por diante. Será que a natureza pode ser o objeto de ideação?
Não, certamente não. O que é a natureza? A natureza é o nome de um estilo particular segundo o qual o Princípio Operativo [3] funciona. Ela é simplesmente um estilo. Esse estilo não pode ser o objeto de meditação ou de ideação. E a segunda coisa é que, como a natureza não é nada mais do que um estilo, se esse estilo torna-se o objeto, então a própria entidade será convertida somente em um estilo – em um mero estilo. É uma idéia tola. Portanto, tais adoradores da natureza podem ser estudiosos eruditos, mas na verdade eles vivem no paraíso dos tolos. A natureza não pode ser o nosso objeto de ideação.
Terceiro, o Destino. Houve, e há, muitas pessoas que são fatalistas. Os adoradores do destino. “Fatalista” significa adorador do destino – adorador da sorte e do destino. Eles são piores que os adoradores da natureza. O que é o destino?
Não há nada chamado de destino neste universo. No que diz respeito à filosofia, não pode haver qualquer coisa chamada de destino. O que é o destino? Toda e cada pessoa terá que sujeitar-se à reação de suas ações anteriores. Quando a ação original é conhecida, dizemos que esta é a reação daquela ação. Suponha que o seu dedo entre em contato com o fogo. Você vai sentir dor, você vai ter que sofrer – mas, nessa hora, você irá dizer, ou você irá sentir, que foi porque o seu dedo entrou em contato com o fogo que você está sofrendo. Mas quando a reação ocorre [4] mais tarde e quando a ação original não é conhecida ou foi esquecida, ou quando a ação original aconteceu em uma vida passada, e você não sabe qual foi a ação original [5]– neste caso você diz que isto “é o destino, é o destino”. Mas na verdade não existe destino. O que você chama de destino na verdade é a reação de nossas ações passadas. Em sânscrito isto é chamado de samskára. Samskára. Em latim, momenta [6] reativos.
Então, a terceira coisa... Portanto, o destino não pode ser o objeto de ideação. Destino é simplesmente a reação da ação original. E quando não existir uma ação original, não pode haver qualquer reação. Então a reação é uma criação da própria ação de vocês. Se a reação é uma criação da própria ação de vocês, vocês são os criadores, vocês são os pais da reação. Então, como pode a reação ser o objeto de ideação de vocês?
Não. O ser humano não deve ser fatalista, o ser humano não deve ser adorador do destino, o ser humano deve ser firme. Você deve enfrentar firmemente todas as dificuldades, todas as conseqüências. Lembrem-se: vocês não devem ser fatalistas. Portanto, o destino não pode ser o objeto de meditação. Lute contra o destino.
Então, algumas pessoas dizem que esta Terra é uma criação do acaso. Este universo é uma criação do acaso. O acaso é a causa essencial desta criação. Então, o acaso é o deus, porque ele criou o mundo. E portanto o acaso deverá ser o objeto de ideação.
Esta também é uma idéia tola. O que é acaso ou acidente?
Não existe nada chamado de acidente – tudo é incidente. Quando uma ação é materializada num intervalo de tempo curto – num intervalo de tempo muito curto – ou quando a causa básica da ação não é conhecida por nós – nós apenas estamos vendo a reação, apenas estamos vendo o incidente – o aspecto causal do incidente não é conhecido por nós – ou quando o aspecto causal é traduzido em ação dentro de um intervalo de tempo muito curto, nós dizemos que isto é um acidente. Mas na verdade nada é acidente, tudo é incidente. Por causa da nossa futilidade, ou por causa da nossa falta de conhecimento, nós dizemos que é um acidente. Quando o aspecto causal, quando o fator causal é traduzido em ação dentro de um intervalo muito curto – digamos, alguns segundos –, nós dizemos que é um acidente. E quando ele é traduzido em ação lentamente, nós não dizemos que é um acidente; nós dizemos que é um incidente. Portanto, um acidente não é algo providencial; ou, o nosso acidente não é algo fora do âmbito de tempo, espaço e pessoa. Porque todo acidente ocorre – todos os acidentes ocorrem dentro do escopo de tempo, espaço e pessoa. A entidade que está dentro – não fora – da periferia de tempo, lugar e pessoa não pode ser a meta de vocês, não pode ser o objeto de ideação de vocês, não pode ser o objeto de meditação de vocês e não pode ser... o criador ou a fonte de exaltação de vocês.
Algumas pessoas dizem... que esses fatores quinqüelementais [7] dos quais este universo é feito...
Esses fatores quinqüelementais: o que são esses fatores? Eles não são nada além de uma forma condensada de energia.
E o que é energia?
Ela não é nada mais que uma forma condensada de estamina psíquica. Então, como podem esses fatores quinqüelementais deste mundo expresso ser o objeto de ideação? [8]
Eles não podem ser a meta de vocês; eles não podem guiar vocês no caminho da beatitude. Portanto, aqueles que são adoradores ou meditadores dos fatores quinqüelementais são pessoas malorientadas. Eles estão apenas desperdiçando a sua energia por nada.
Algumas pessoas são da opinião de que a Energia Cósmica [9] é a fonte original ou matriz causal do universo. Portanto, esta matriz causal deveria ser o objeto de ideação.
Mas o que é esta matriz causal?
Matriz causal... Essa Energia Cósmica não pode considerada como a matriz causal porque ela é uma força cega. A energia é uma força cega. A eletricidade é uma força cega. Ela é controlada pelo intelecto humano. Portanto, como a Energia Cósmica não tem apoio intelectual atrás de si, ela não pode ser a matriz causal. Porque em todos os lugares deste universo, vemos que todas as coisas seguem um estilo ordenado. Ou seja, existe algo intelectual por trás da Energia Cósmica. E é por isso que existe ordem em toda a parte. Existe sistema em toda a parte. Toda a criação tem uma ordem sistemática e por isso ela não pode ser criação de uma força cega ou de uma energia cega. Deve haver alguma força intelectual por trás dela. Portanto, a Energia Cósmica não pode ser tratada como a matriz causal, e não pode atribuir a ela... – não se pode atribuir nenhuma divindade a ela. Ela não pode receber a qualificação de matriz causal.
Algumas pessoas são da opinião de que existe a alma, de que existe um espírito em toda e cada estrutura e que esse espírito é a meta da nossa vida.
Vejam vocês, existem muitos espíritos e almas associados a muitos microcosmos. Mas eles têm que funcionar sob certas limitações. Eles não podem ir além da abrangência do microcosmo. Um objeto, ou melhor, uma entidade que tenha um alcance limitado como esse, tal como o espírito unitário ou a faculdade cognitiva unitária, não pode ser o objeto de ideação de vocês, não pode ser o Criador Supremo.
Então, quem é o objeto de ideação de vocês? Quem deve ser o objeto de ideação de vocês? Qual é o poder que criou vocês, que alimenta vocês e que põem vocês no Seu colo quando chega o momento apropriado?
Ele é a Força Cognitiva [10] por trás da Energia Cósmica. Ele controla a Energia Cósmica com o Seu poder intelectual e intuitivo. Ele é a Consciência Suprema. E na verdade Ele é a matriz causal, e Ele deveria ser o único objeto de ideação, o único objeto de meditação de vocês. E Ele é o Pai Supremo. [11] Não há outra alternativa a não ser mover-se ao longo do caminho Dele. Ele sabe tudo. Unam-se com Ele.
Agora, desde o exato início das suas vidas no passado distante até o ponto culminante de todos os seus movimentos e marchas, vocês estão com Ele, vocês estarão com Ele e... em nenhuma circunstância vocês estarão distantes Dele. Por isso, Ele é o único objeto de ideação – essa Consciência Suprema.
A raiz do significado do termo bábá é “o mais querido” ou “o mais próximo”. Como Ele é o Pai Supremo, a Consciência Suprema, Ele é Bábá de toda a criação. E como vocês são os seres criados, vocês são as amadas crianças Dele – vocês também são Bábá Dele – porque bábá significa “mais próximo e mais querido”.
Como ele é o único objeto de ideação de vocês, e como o nome Dele é a única... projeção da entidade microcósmica de vocês, a única projeção de pensamento, a única projeção introversiva – projeção introversiva e extroversiva [12] –, então o nome Dele deveria estar sempre... com vocês, nas suas mentes, nas suas línguas, nas suas cordas vocais, em todos os lugares.
E eu sinto, e eu também compreendo, e é por isso que eu digo: que quando os devotos Dele, as crianças Dele, cantam Bábá Nám Kevalam, Ele também canta Bábá Nám Kevalam.[13]
Kalyáňamastu!!! [Que haja bem-estar.]
* * *
1
Nota do Tradutor (N.T.): Este é um aspecto da teoria cosmológica do autor. Tal afirmação equivale aproximadamente a dizer-se que
todos os seres ou entidades unitárias (microcosmos) existem dentro de uma Mente Cósmica (Macrocosmo). Ou seja, suas existências
dependem do funcionamento da Mente Cósmica – e mais: suas existências são propriamente pensamentos ou criações mentais
(conações) dessa Mente Cósmica, e não possuem nenhuma existência separada da mesma.
2
N.T.: Nesta altura, três frases do autor foram omitidas pois não estão completamente audíveis ou inteligíveis no áudio do discurso
original. O que foi possível transcrever é o seguinte (incluindo as frases imediatamente precedente e subsequente): “Second thing is:
[…] that it is psychic measurement. Who measures? It is a […]. Now, psychic measurement means psychic mobility.”
3
N.T.: Aqui o autor lança mão de outro aspecto de sua teoria cosmológica – a saber: o Princípio Operativo é um dos dois princípios
os quais, juntos, são inteiramente responsáveis pela criação do universo manifesto, e inclusive da própria Mente Cósmica dentro da
qual o mesmo existe. A interação desses dois princípios se dá com a operação ou atuação do Princípio Operativo sobre o outro
princípio, o Princípio Cognitivo; mas o início dessa operação se dá por uma determinação de parte do Princípio Cognitivo, e não do
Princípio Operativo.
4
N.T.: Nesta altura, uma palavra do autor foi omitida pois não está completamente audível ou inteligível no áudio do discurso
original.
5
N.T.: Esta última frase foi adaptada pois parte dela não está completamente audível ou inteligível no áudio do discurso original. O
que foi possível transcrever é o seguinte: “…or the original action took place in another past life, [there is] not know what was the
original action”.
6
N.T.: plural de momentum - significando “impulso”, ou “quantidade de movimento”.
7
N.T.: Os chamados cinco fatores fundamentais. Em sua teoria cosmológica, o autor explica que esse cinco fatores fundamentais
foram criados um após o outro, sucessivamente, dentro da Mente Cósmica, e que qualquer entidade material do universo manifesto é
composto por uma combinação particular dos mesmos.
8
N.T.: Esta última frase foi adaptada pois parte dela não está completamente audível ou inteligível no áudio do discurso original. O
que foi possível transcrever é o seguinte: “Then how […] these quinquelemental factors of this expressed world can be the object of
ideation?”
9
N.T.: O termo “Energia Cósmica” aqui é um sinônimo do antes mencionado “Princípio Operativo”.
10 N.T.: Aqui, o termo “Força Cognitiva” é um sinônimo do antes mencionado “Princípio Cognitivo”. (Vide nota 2.)
11 N.T.: Como já explicado na nota 2, quando o Princípio Operativo, subordinado ao Princípio Cognitivo, começa a atuar sobre este
último, inicia-se o processo de criação do universo manifesto. Neste caso, a referência à Consciência Suprema, ou ao Princípio
Cognitivo, como “Pai Supremo”, é em sentido figurado. De modo semelhante, o Princípio Operativo, ou “Energia Cósmica”, ou
“Força da Natureza”, também pode ser representada como uma “Mãe Suprema”.
Entretanto, de acordo com a teoria cosmológica do autor, pode-se apontar que no estágio primordial a Energia Cósmica
permanecia sem nenhuma atuação sobre a Força Cognitiva, e esta por sua vez permanecia sem nenhuma expressão. E enquanto não
houve a iniciativa do Princípio Cognitivo em “permitir” a atuação da Energia Cósmica, nada aconteceu. É neste sentido que se conclui
a subordinação da Energia Cósmica (uma força cega) ao Princípio Cognitivo.
12 N.T.: “intro-cum-extroversial”, em inglês.
13 N.T.: O termo “bábá” já foi explicado pelo autor. “Nám” é uma raiz verbal em sânscrito que significa “Eu me entrego”. E
“kevalam” significa que “é o único caminho, que não há alternativa”. De modo que o significado geral desse mantra pode ser
entendido como “Somente a esse objetivo, a essa meta, eu me entrego” ou também “Eu estou tomando o nome da Entidade Suprema”.
Observação: As palavras em negrito correspondem aproximadamente a partes do discurso às quais
o autor deu maior ênfase através da elevação do seu tom de voz.
Revisão da transcrição do arquivo de áudio original, tradução e revisão da tradução: Mahesh
Florianópolis: 20 a 22 de março; 18 de setembro de 2009; 16 de março de 2011.
Fonte: Edição Eletrônica das Obras de P. R. Sarkar – versão 7.5 (em inglês)
Publicado em:
Subhasita Samgraha Part 12
Ba ba in Fiesch
(obras ainda não publicadas em português)
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