14/05/2012

DEMOCRACIA ECONÔMICA


            Quase todos os países do mundo chegaram a algum tipo de estrutura democrática. A democracia liberal se estabeleceu em certos países, entres os quais EUA, Inglaterra, França e Canadá, enquanto que na [ex-]União Soviética, China, Vietnã e Europa Ocidental a democracia socialista é o sistema dominante. A condição do povo em países liberais democratas (ditos democráticos) não é tão miserável como em países comunistas, porque em países comunistas, o sistema político e econômico é imposto à sociedade por autoridades do partido, causando sofrimentos humanos indescritíveis e severa exploração psico-econômica. Ambas, a democracia e a social-democracia, podem ser consideradas formas de democracia política, porque esses sistemas são baseados em centralização política e econômica.


Democracia Política

            Em todos os países onde a democracia está em vigor, o povo tem sido lesado ao acreditar que não há melhor sistema do que a democracia política. A democracia política sem dúvida garantiu o direito ao voto, mas tomou o direito de igualdade econômica. Conseqüentemente, há uma flagrante disparidade entre ricos e pobres, imensa desigualdade no poder de compra do povo, desemprego, falta crônica de alimento, pobreza e insegurança na sociedade.
            O tipo de democracia prevalecente na Índia também é a democracia política, e este provou ser um sistema singular de exploração. A constituição indiana foi criada por três grupos de exploradores: os imperialistas britânicos, os imperialistas indianos e os partidos governantes que representavam os capitalistas indianos. Todas as disposições da constituição indiana foram moldadas de acordo com os interesses desses oportunistas. Simplesmente para enganar as massas, o povo foi agraciado com o direito de sufrágio universal. Milhões de indianos são pobres, supersticiosos, analfabetos; ainda assim os exploradores, através de práticas como fazer falsas promessas, intimidação, abuso grosseiro do poder administrativo e voto fraudulento, repetidamente conquistam o eleitorado. Esta é a farsa da democracia. Uma vez que eles formam o governo, eles têm amplas oportunidades de se envolver em excessiva corrupção e tirania política por cinco anos. Nas eleições subsequentes - seja em nível de município ou de estado - o mesmo absurdo é repetido.
            Esse tipo de oportunismo político tem continuado na Índia desde a independência. Nos últimos 35 anos os partidos políticos convenceram-se de que para obter igualdade econômica com os países industrialmente desenvolvidos da Europa, a Índia precisa seguir o sistema democrático. Para apoiar este argumento, eles citam os exemplos de EUA e Grã-Bretanha ou China e [ex-]União Soviética. Os políticos compelem o eleitorado a votar a seu favor na época das eleições, propagando a plataforma de que a massa faminta do país poderá colher os benefícios de uma economia desenvolvida. Mas, uma vez que as eleições passam, a exploração das massas continua desenfreada com a roupagem de democracia política, e outras áreas da vida social são totalmente negligenciadas. Hoje milhões de cidadãos indianos estão privados dos requisitos básicos da vida e lutam por alimento, vesiuário, habitação, educação e tratamento médico apropriados, enquanto uma minoria esbalda-se em riqueza e luxo.
            Um dos mais óbvios defeitos da democracia é que a votação está baseada no sufrágio universal. Ou seja, o direito de votar depende da idade. Uma vez que as pessoas atingem uma certa idade, assume-se que elas tenham a capacidade apropriada para pesar os prós e os contras nos temas de uma eleição e selecionar o melhor candidato. Mas há muitas pessoas com a idade acima daquela estabelecida como limite para a votação que têm pouco ou nenhum interesse em eleições e não estão familiarizadas com os temas sociais ou econômicos. Em muitos casos, elas votam mais no partido do que no candidato e são influenciadas pela propaganda eleitoral ou pelas falsas promessas dos políticos. Aqueles que não alcançaram a idade de votar são, freqüentemente, mais aptos a selecionar o melhor candidato do que aqueles que têm o direito ao voto. Portanto, a idade não deveria ser o critério para o direito ao voto.
            Normalmente, se um candidato se elege ou não, isto depende de mobilização partidária, patrocínio político e doações eleitorais. Em alguns casos também depende de práticas anti-sociais. Em todo o mundo, o dinheiro desempenha um papel dominante no processo eleitoral e, em quase todos os casos, somente aqueles que são ricos e poderosos podem ter a esperança de conquistar um cargo político. Naqueles países onde a votação não é compulsória, somente uma pequena percentagem da população participa do processo eleitoral.
            Os pré-requisitos para o sucesso da democracia são: moralidade, educação e consciência político-socioeconômica. Em particular, os líderes precisam ser pessoas de caráter elevado, caso contrário o bem-estar da sociedade será prejudicado. Mas hoje, na maioria das democracias, pessoas de caráter duvidoso e com interesses escusos são eleitas para o poder. Mesmo bandidos e assassinos candidatam-se à eleição e formam o governo.
            Em quase todos os países do mundo falta a consciência política às massas. Políticos astutos e eruditos tiram vantagens desta deficiência para confundir as pessoas e alcançar o poder. Eles recorrem a práticas imorais, tais como suborno, propaganda de boca de urna, roubo de urnas e compra de votos e permanecem sem oposição nas eleições. Conseqüentemente, o padrão de moralidade na sociedade está diminuindo e as pessoas honestas e competentes estão relegadas a segundo plano. Líderes moralistas têm menores chances de vencer eleições, porque os resultados eleitorais são fraudados através de expedientes financeiros, intimidação e força bruta. No sistema democrático atual, são dadas oportunidades a toda sorte de práticas imorais e corruptas para perverter a sociedade. A própria natureza do presente sistema é favorecer os capitalistas e submeter o governo a forças imorais e corruptas.
            A farsa da democracia assemelha-se a um teatro de fantoches onde uma meia dúzia de políticos ávidos de poder manipulam os cordões por detrás da cena. Nas democracias liberais, os capitalistas manipulam a mídia de massa, tais como rádio, televisão e jornais, enquanto nas democracias socialistas os burocratas levam o país à beira da destruição. Em ambas as formas de democracia, há poucas chances de que líderes honestos e competentes surjam na sociedade e virtualmente não há nenhuma possibilidade de liberação econômica para o povo. A democracia política tornou-se um grande embuste para as pessoas, em todo o mundo. Ela promete o advento de uma era de paz, prosperidade e igualdade, mas na realidade ela cria criminosos, encoraja a exploração e arremessa as pessoas comuns num abismo de tristeza e sofrimento.
            Os dias da democracia política estão contados. PROUT exige a democracia econômica, não a democracia política. Para fazer com que a democracia seja bem-sucedida, o poder econômico deve estar nas mãos das pessoas comuns e os requisitos básicos da vida devem ser garantidos a todos. Esta é a única maneira de assegurar a liberação econômica do povo. O slogan de PROUT é: "Para acabar com a exploração nós exigimos a democracia econômica, e não a democracia política". 
  
Descentralização Econômica

            Na democracia econômica, o poder político e o poder econômico formam uma bifurcação. Isto é, PROUT prega a centralização política e a descentralização econômica. O poder político deve ficar a cargo de moralistas, mas o poder econômico deve ficar a cargo das pessoas do local. A principal meta do governo consiste em remover dificuldades e obstáculos que impeçam o povo de obter os requisitos econômicos. O objetivo universal da democracia econômica é garantir as necessidades mínimas da vida a todos os membros da sociedade.
            A natureza tem sido suficientemente caridosa em suprir com recursos naturais abundantes cada região desta terra, mas ela não deu as diretrizes de como distribuir estes recursos entre os membros da sociedade. Esta obrigação foi deixada a critério da inteligência dos seres humanos. Aqueles que são guiados por desonestidade e egoísmo e têm mentes perversas fazem mau uso destes recursos e os utilizam para seus interesses individuais ou de grupo, ao invés de os utilizar para o bem-estar de toda sociedade. Os recursos materiais são limitados, mas os anseios humanos são ilimitados. Por esta razão, para que todos os membros da sociedade vivam em paz e prosperidade, os seres humanos devem adotar um sistema que assegure a máxima utilização e a distribuição racional de todos os recursos. Para alcançar isto, os seres humanos devem estabelecer-se na moralidade e então criar um ambiente propício ao florescimento da moralidade.
            Descentralização econômica significa produzir para o consumo, e não produzir para o lucro. A descentralização econômica não é possível sob o capitalismo, porque a produção capitalista sempre procura maximizar o lucro. Os capitalistas invariavelmente produzem ao custo mínimo e vendem ao preço máximo. Eles preferem a produção centralizada, o que leva a disparidades econômicas e desequilíbrios na distribuição da população. [Nota: no caso do Brasil, um exemplo é o êxodo rural causado pelos grandes agronegócios exportadores.] Na descentralização econômica de PROUT, por outro lado, a produção é para o consumo e as necessidades mínimas da vida serão garantidas a todos. Todas as regiões terão as condições plenas de desenvolver seu potencial econômico, de modo que os problemas referentes a população flutuante ou superpopulação em centros urbanos não surgirão.
            A menos que alcance os níveis ideais de desenvolvimento da indústria e dos outros setores da economia, um país não poderá se tornar altamente desenvolvido. Se um país tiver pessoas empregadas no setor agrícola numa percentagem que exceda o nível ideal, que é de 30 a 45%, haverá pressão excessiva no campo. Tal país não poderá tornar-se altamente desenvolvido, nem tampouco haverá desenvolvimento equilibrado e descentralizado em todos os setores da economia. A Índia é um clássico exemplo disto. Cerca de 75% da população da Índia depende da agricultura para sua sobrevivência.
            Em alguns países democratas, tais como o Canadá e a Austrália, uma grande percentagem da população está empregada na agricultura e embora esses países sejam considerados desenvolvidos na agricultura, eles dependem de países industrialmente desenvolvidos, porque eles próprios são industrialmente sub-desenvolvidos. Por exemplo, o Canadá tem sido tradicionalmente dependente dos EUA, e a Austrália, da Grã-Bretanha.
            No que diz respeito à Índia, enquanto cerca de 75% da população estiver empregada na agricultura, a insuportável condição econômica do povo irá continuar. Qualquer país que se situe em tais condições achará muito dificil cumprir suas responsabilidades domésticas e internacionais. O poder de compra do povo continuará diminuindo, enquanto que a disparidade econômica continuará aumentando. O ambiente social, econômico e político de todo o país irá se degenerar. A Índia é um claro exemplo de todos essas deficiências. Logo, descentralização econômica não significa que a maioria da população venha a ser dependente da agricultura como meio de vida ou que outros setores da economia permaneçam subdesenvolvidos. Preferivelmente, cada setor da economia deve empenhar-se por um máximo desenvolvimento e todos os setores devem empenhar-se por uma descentralização máxima.
            Em todos os países democráticos do mundo, o poder econômico está concentrado nas mãos de alguns indivíduos e grupos. Nas democracias liberais o poder econômico é controlado por uma meia dúzia de capitalistas, enquanto que nos países socialistas o poder econômico está concentrado num pequeno grupo de líderes de partido. Em cada caso, uma meia dúzia de pessoas - o número pode ser facilmente contado na ponta dos dedos - manipula a riqueza econômica de toda a sociedade. Quando o poder econômico estiver depositado nas mãos do povo, a supremacia deste grupo de líderes será extinta, e os partidos políticos serão destruídos para sempre.
            As pessoas terão de optar entre democracia política ou democracia econômica. Isto é, elas terão de escolher um sistema socioeconômico baseado ou numa economia centralizada, ou descentralizada. Qual delas elas irão selecionar? A democracia política não pode preencher as esperanças e aspirações do povo ou proporcionar a base para construção de uma sociedade humana forte e saudável. A única maneira de alcançar isto é estabelecer a democracia econômica. 

Requisitos para a Democracia Econômica
            O primeiro requisito para democracia econômica é que as necessidades mínimas de uma determinada época - alimento, vestuário, habitação, educação e tratamento médico - devem ser garantidas a todos. Isto não apenas é um direito individual, mas também uma necessidade coletiva, porque a disponibilidade das necessidades mínimas aumentará a prosperidade global da sociedade.
            O segundo requisito para a democracia econômica é que um poder de compra crescente deve ser garantido a todo e qualquer indivíduo. Na democracia econômica as pessoas do local possuirão o poder econômico. Conseqüentemente, as matérias-primas locais serão usadas para promover a prosperidade econômica das pessoas do local. Isto é, as matérias-primas de uma "unidade socioeconômica" não devem ser exportadas para outra unidade. Ao invés disto, centros industriais devem ser construídos onde quer que as matérias-primas estejam disponíveis. Isto criará indústrias para o processamento de matérias-primas disponíveis no local e assegurará o pleno emprego para todo o povo da região.
            O terceiro requisito para a democracia econômica é que o poder de tomar todas as decisões econômicas deve ser colocado nas mãos das pessoas do local. A liberação econômica é um direito inato de todo indivíduo. Para obtê- la, o poder econômico deve estar colocado nas mãos de pessoas da região. Na democracia econômica as pessoas do local terão o poder para tomar todas as decisões econômicas, para produzir as mercadorias com base nas necessidades coletivas e para distribuir todas as mercadorias agrícolas e industriais.
            O quarto requisito para uma democracia econômica é que os imigrantes devem ser rigorosamente impedidos de interferir na economia local. [Nota: O termo “imigrantes” é usado aqui por Sarkar para referir-se àquelas pessoas que não aceitam unir seus interesses socioeconômicos com os da região em questão, sejam nascidas ali ou não. Por outro lado, quem aceitar isso será considerado como “pessoa do local”, independente de onde tenha nascido.] A evasão de capital do local deve ser interrompida com uma rigorosa prevenção quanto à participação de imigrantes ou de populações flutuantes em qualquer tipo de atividade econômica na área local.
            Para o sucesso da democracia econômica, PROUT deve ser implementada e o bem-estar de todas as pessoas deve ser aumentado passo a passo. Isto por sua vez conduzirá os seres humanos a maiores oportunidades de emancipação espiritual.
            Finalmente deve ser lembrado que a democracia econômica é essencial não só para a liberação econômica dos seres humanos, mas para o bem-estar universal de todos - incluindo plantas e animais. A democracia econômica planejará maneiras e meios para efetuar o suave progresso da sociedade, reconhecendo o valor único tanto de seres humanos como de seres não-humanos.
P.R.SARKAR - Calcutá, junho de 1986. 
[Prabhat Ranjan Sarkar. Democracia Econômica – Teoria da Utilização Progressiva. Cap. 22: Democracia Econômica. São Paulo: Ananda Marga Publicações, 1996 (1992).]

KIIRTANA FROM SHRII SHRII ÁNANDAMURTIJII BY SOJHA

Orange' Colours of the Mind

05/05/2012

Guru Krpáhi Kevalam

Tem sido dito, "Guru krpáhi kevalam". Também foi dito que "Brahmaeva gururekha náparah". Você sabe que na palavra "guru", há duas sílabas, "gu" e "ru". "Gu" significa "escuridão"; escuridão na vida espiritual, escuridão no estrato psico-espiritual. E "ru" significa "entidade dissipadora". "Guru" significa a entidade que dissipa todos os tipos de escuridão de seus corpos espirituais e psíquicos.

Táraka Brahma é o único guru, e ninguém mais pode ser o guru.

Nirgun'a não tem objetividade. Assim, Nirgun'a não mantém qualquer relação com este mundo. Assim, a Entidade Nirgun'a, assim como é, não pode ser o guru. E Sagun'a está sob certas amarras. Então Saguna não pode ser o guru.

 

O guru deve ser como Nirgun'a, porém tendo uma doce ligação com esse mundo expressado. E nenhuma outra entidade poderá ser o guru, pode ser o dissipador da escuridão de seu espírito e mente.

"Guru krpáhi kevalam" significa "Brahma krpáhi kevalam."

O que é krpá? Em Sânscrito, o verbo raiz é "kr". "Kr" significa ajudar alguém em seu próprio progresso, mesmo quando não a mereça. Então, se alguém a merece, isto é, se alguém tem a qualificação para conseguir se desenvolver plenamente totalmente exaltado, então, nesse caso não há necessidade de krpá, não há necessidade de ajuda de Táraka Brahma. Mas quando a pessoa não merece isso, quando não tem a qualificação para o desenvolvimento, e ainda assim é ajudado, esse tipo de ajuda é chamado de "krpá".

Agora, você pode dizer, todo esse cosmos, toda a criação, tudo o que você vê ou sente, tudo é criação d'Ele. Então, por uma questão de imparcialidade Ele deveria ajudar a todos. Ou seja, Sua krpa deveria ser para todos. Por que deveria haver um caso especial. Eu já disse tantas vezes que não deveria haver nenhum caso especial. Onde quer que exista um caso especial, existe um favoritismo. Então não deveria haver qualquer caso especial. Então não deveria haver qualquer krpa para ninguém. Todos deveriam ser tratados igualmente. Se Parama Purus'a ajuda a alguém em especial, Ele está manifestando parcialidade.

Agora, há algo a dizer a este respeito. As filosofias dizem que a Entidade Suprema criou tudo, e que então Ele pertence a todos, e todo mundo Lhe pertence. Mas um aspirante espiritual que desenvolveu amor por Ele não vai aceitar esse filosófico evangelho em sua vida pessoal. Ele diz: "Deixem existir tantos princípios, tantas lógicas e filosofias; mas eu não sou guiado por esses textos filosóficos. Eu sou guiado por meus próprios sentimentos". E o que é esse sentimento de amo que o aspirante espiritual desenvolveu por Ele? Ele diz:

"Deus é meu e Ele pertence somente a mim, e a mais ninguém, e eu pertenço somente a Ele e a mais ninguém. Ou seja, meu Deus é minha propriedade e eu não quero compartilhar esta propriedade pessoal com qualquer segundo indivíduo".

Então, quando tal forte sentimento de amor foi desenvolvido, há certamente forçar nele. Devido esta força, é que o homem pobre e fraco O atrai e Ele não pode negligenciar este homem. Essa atração é mil vezes mais forte do que os evangelhos de filosofia. Se Ele for atraído por tal sentimento amoroso, então ele estará em falta? Certamente que não. E todo mundo tem o direito de atraí-Lo dessa forma. Por que não fazê-lo?

E a segunda coisa é que, mesmo em condições normais Ele está distribuindo Sua compaixão em cada partícula deste universo. Ele está banhando-nos com Sua compaixão, sem distinção de casta, credo, nacionalidade ou religião.

Mas o que acontece? Há um chuveiro, um grande chuveiro da compaixão sobre cada um e todos, mas se durante esse banho você segurar um guarda-chuva sobre sua cabeça, você não vai ser encharcado. Então a culpa é o do chuveiro? Certamente que não. A culpa está na sua mão e no seu guarda-chuva de vaidade, e é por isso que você não está encharcado pela compaixão, por aquela krpa. Ele não tem culpa. Então o que devemos fazer? Você deve remover o guarda-chuva da vaidade de sua cabeça, e então você será encharcado, totalmente encharcado por Sua compaixão universal.

Ninguém mais é o guru. Táraka Brahma é o único guru. 

E a segunda coisa - não há alternativa a não ser orar, pedindo para fazer sadhana, para obter Sua compaixão e atraí-Lo por meio desta força amorosa, desta resistência amorosa dentro do seu coração.

P.R. Sarkar - 09 de setembro de 1978, Patna - Ananda Parte 2 Vacanámrtam

Guru Krpáhi Kevalam

It has been said, “Guru krpáhi kevalam”. It has also been said that “Brahmaeva gururekha náparah”. You know in the word “guru”, there are two syllables, “gu” and “ru”. “Gu” means “darkness”; darkness in spiritual life, darkness in psycho-spiritual strata. And “ru” means “dispelling entity”. “Guru” means the entity that dispels all sorts of darkness from your spiritual and psychic bodies.
Táraka Brahma is the only guru, and nobody else can be the guru.
Nirguńa has no objectivity. Hence, Nirguńa does not keep any link with this world. So the Nirguńa Entity, as it is, cannot be the guru. And Saguńa is under certain bondages. So Saguńa cannot be the guru.

The guru should be just like Nirguńa, but keeping a sweet link with that expressed world. And no other entity can be the guru, can be the dispeller of darkness from your spirit and mind: “Guru krpáhi kevalam” means “Brahma krpáhi kevalam.”

What is Krpá? In Saḿskrta, the root verb is “kr”. “Kr” means to help one in one’s progress even when one does not deserve it. So if one deserves it, that is, if one has the qualification to get oneself fully developed and fully exalted, then in that case there is no necessity of krpá, there is no necessity of help from Táraka Brahma. But when one does not deserve it, when one has not got the qualification for development, and still one is helped, that sort of help is called “krpa”.

Now you may say, this entire Cosmos, all the creation, everything that you see or feel, everything is His creation. Then for the sake of impartiality He should help all. That is, His krpá should be for all. Why should there be a special case. I have said so many times that there should not be any special case. Wherever there is a special case, there is favouritism. So there should not be any special case. So there should not be any krpá for anybody. Everybody should be treated equally. If Parama Puruśa helps somebody specially, the He is supporting partially.

Now there is something to say in this connection. The philosophy says that the Supreme Entity has created everything, so He belongs to everybody, and everybody belongs to Him. But a spiritual aspirant who has developed love for Him won’t accept this philosophical gospel in his personal life. He says, “Let there be so many principles, so much logic and philosophy; I am not to be guided by those philosophical texts. I am to be guided by my own feelings”. And what is that feeling of that spiritual aspirant who has developed love for Him? He says, “God is mine and He belongs to me only, and to nobody else, and I belong to Him only and to nobody else. That is, my God is my personal property and I don’t want to share this personal property with any second individual”.

So, when such a strong sentiment of love has developed, there is certainly force in it. By dint of that force, that poor and weak man attracts Him and He cannot neglect that man. That attraction is a thousand times stronger than the gospels of philosophy. If He is attracted by such loving sentiment, then is He at fault? Certainly not. And everybody has the right to attract Him like this, Why don’t you do it?

And the second thing is that even under normal conditions He is showering His compassion on each and every particle of this universe. He is showering His compassion without distinction of caste, creed, nationality or religion.

But what happens? There is a shower, a heavy shower of compassion on each and everybody, but if during that shower you hold an umbrella over your head, you won’t be drenched. So is the fault that of the shower? Certainly not. The fault is with your hand and with your umbrella of vanity; and that is why you are not drenched by that compassion, by that krpá. He is not at fault. Then what are you to do? You are to remove that umbrella of vanity from your head, and then and there you will be drenched, fully drenched, by His universal compassion.

Nobody else is the guru. Táraka Brahma is the only guru. And the second thing – there is no alternative but to pray, but to request, but to do sádhaná, to get His compassion and attract Him by dint of that loving force, that loving stamina within your heart.

P.R. Sarkar - 

9 September 1978, Patna - 

Ánanda Vacanámrtam Part 2

Quem sou eu ?