25/06/2009

A FONTE E O POTE

Então, agora você entende que enquanto você ansiar somente por sua felicidade egoísta, a felicidade do toque Cósmico continuará a lhe faltar. Leve o seu “Eu” insignificante, com toda sua insignificância na direção do Grande. Faça-o crescer e alargar-se. Seja um com aquela Entidade Sublime e só assim você realmente poderá alcança-La. Quando toda sua Entidade estiver completamente saturada com o néctar da Benção Cósmica, poderá sua existência permanecer separada?

Agora surge uma questão: O homem desistirá de todas as suas ocupações seculares depois de conseguir a felicidade Brâhmica ? Porque deveria? O homem cuja vida estiver saturada do néctar da Benção Cósmica continuará fazendo mais eficientemente e com mais beleza todos os trabalhos seculares como a tarefa carinhosa dada pelo próprio Deus. Ele não se preocupará com sua felicidade ou prazer em qualquer trabalho. Para a felicidade coletiva do Universo ele seguirá fazendo e impecavelmente qualquer trabalho, a coletividade universal é a Vida de sua vida, a Alma de sua alma, Deus. Ele usará seu ego insignificante como uma ajuda para a felicidade do Grande Ego. E qual o resultado? Um aspirante espiritual, esquecendo sua própria felicidade e dor, prossegue fazendo os desejados trabalhos de Brahma. Ele nada quer para si, ele quer apenas dar-Lhe felicidade. Mas, estranhos são os caminhos de Deus! Como resultado de tão desprendido amor, o próprio sadhaka desfruta uma incansável felicidade e se sente afortunado. Ele sente em seu coração dos corações qual valioso é mesmo seu insignificante ego como um instrumento de Sua graça.

Para realizar a Suprema perfeição, o homem terá que renunciar a seu “Eu”, quer dizer, ele terá que unir seu insignificante “Eu-sentimento” ao “Supremo Eu-sentimento”. O que é este insignificante “Eu”? É como um pote de água numa fonte. Se a água do pote for juntada à da fonte, as duas águas se tornarão intrinsicamente uma só. O pote que separa as duas águas deve ser retirado. Depois de removido o pote, não haverá mais distinção entre a água do pote e a água da fonte – ambas se tornarão uma.

A causa desta aparente distinção entre Deus e a unidade é este pote – a mente individual.

Em resumo, Ele é infinito. Se você quer realizar Seu Eu característico, você terá que conquistar ilimitadamente a si mesmo.

A Graça de Bábá - Shrii Shrii Ánandamúrtijii

15/06/2009

A ESSÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

A essência da Espiritualidade - Dharma, está escondida em guhá. Há muitos significados para a palavra guhá em sânscrito. Um deles é caverna onde Deus reside. É insensato deixar o mundo, deixar o serviço à humanidade e ir para os Himalaias para realizar Paramapurus'a (Deus). Bem!... O próprio universo é Deus!... – onde você irá ao deixa-Lo? Pensa-se que no mundo não se é capaz de concentrar a mente por causa do ruído e da confusão, mas nas cavernas dos Himalaias a pessoa se preocupará porque não poderá conseguir frutas numa determinada floresta, e assim, no dia seguinte terá que colher ameixas maduras duas ou três milhas adiante, numa outra floresta. Em nenhum dos lugares se está livre. Se Paramapurus'a não quer que você O conheça, então você não será capaz de realiza-Lo em lugar algum. Se Ele desejar que você O realize, você O realizará aqui e agora. O que Ele vê é sua aspiração por Ele. Lembre-se disso – que em cada passo de sua vida Ele está testando se você tem sido capaz de despertar amor por Ele em sua mente. Ele está testando se você O deseja ou aos objetos mundanos.

Outro significado de guhá é “Eu Sou!, isto é, a essência de dharma, Paramapurus'a (Deus), está escondido em seu próprio “Eu”. É essencial para você ir aos Himalaias à procura daquilo que está escondido em seu próprio “Eu”? Você precisa da ajuda de um espelho para ver seu relógio de pulso em seu próprio braço ? Não, jamais você fará isso! Da mesma forma, você não precisa ir aos Himalaias à procura de Deus, que está escondido em seu próprio “Eu”. Vivendo no mundo, manifeste totalmente seu “Eu” a serviço da sociedade e, então, você realizará Deus!

Por que falar em alcança-Lo no futuro? Você já O alcançou; simplesmente não é capaz de vê-Lo.

“Oh! tranqüilo sádhaka! A Sádhana é seu grande arco. Ponha a seta de sua mente, afiada pela meditação, nesse arco. Agora inclinando sua mente em direção a Ele, puxe e vibre a corda do arco e atinja seu alvo – a indestrutível Alma Suprema”

A Consciência Suprema está em você como o óleo está na semente oleaginosa. Esmague a semente por meio da prática espiritual (sádhana) e você O realizará; separe a mente da Consciência e você verá que a resplandescência da Consciência Suprema ilumina todo o seu interior. Ele está ali como a manteiga no creme; agite-o, Ela aparecerá do interior. Agite sua mente através da sádhana e Deus aparecerá como a manteiga no creme. Ele é como um rio subterrâneo em você. Remova as areias da mente, você encontrará as claras e frescas aguas lá dentro.

A Graça de BáBá - Shrii Shrii Ánandamúrtijii

Quem sou eu ?